Zelensky diz que 87 pessoas morreram em bombardeamento russo no norte
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que 87 pessoas morreram num ataque russo, em 17 de maio, a uma base militar ucraniana no norte do país.
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Mundo Ucrânia
"Hoje, sob os escombros em Desna, há 87 vítimas. Oitenta e sete cadáveres, vítimas que foram mortas", declarou Zelensky, no discurso que realizou por videoconferência na reunião anual do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça.
O ataque teve como alvo esta vila que abriga um grande campo de treino militar, localizada a cerca de 60 quilómetros a norte de Kiev, na região de Cherniguiv.
Este ataque pode ser um dos mais mortais pelos bombardeamentos russos na Ucrânia desde o início da guerra.
"Estas pessoas não conhecerão o futuro da Ucrânia", acrescentou Zelensky sobre as vítimas.
A Ucrânia está a "pagar caro pela liberdade e independência e por esta guerra", acrescentou o Presidente ucraniano.
Um relatório fornecido pelos serviços de emergência locais, em 17 de maio, relatou oito mortos e 12 feridos.
Este foi um ataque incomum nesta região perto da capital e realizado várias semanas após a retirada das tropas russas da região de Kiev, que ocorreu nos últimos dias de março.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
[Notícia atualizada às 13h56]
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