No início da reunião, foi transmitida uma mensagem vídeo do Presidente chinês, Xi Jinping, em que este convidava os países BRICS a "fortalecer as suas convicções e promover o desenvolvimento pacífico com ações práticas".
"A história e a realidade dizem-nos que a procura unilateral da própria segurança a expensas da segurança de outros países só criará novas contradições e riscos", acrescentou Xi Jinping, em termos que poderiam referir-se à invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro, um dos temas abordados na conferência.
Juntamente com Wang Yi, participaram na conferência dos BRICS o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, o da África do Sul, Naledi Pandor, o do Brasil Carlos França, e o da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, além de representantes de outros países emergentes, entre os quais se destacava o chefe da diplomacia argentino, Santiago Cafiero, presente pela primeira vez.
Durante a reunião a que presidiu, Wang Yi sustentou que a organização "deve estabelecer três exemplos" para o mundo: "fortalecer a comunicação e a coordenação estratégicas e dar um exemplo de confiança política mútua"; "aprofundar a cooperação para benefício mútuo em várias áreas e dar um exemplo de ações pragmáticas"; e, por último, "demonstrar ainda mais abertura e inclusão e evidenciar unidade e superação".
Segundo o MNE chinês, os BRICS devem esforçar-se por "traduzir o seu espírito de abertura, inclusão e cooperação em ações", "aprofundar a construção da parceria" e "injetar mais poder no desenvolvimento global", expressando o desejo da organização composta pelos cinco principais mercados emergentes do mundo em tornar-se um ator internacional relevante.
A XIV cimeira dos líderes dos BRICS decorrerá a 24 de junho de forma virtual e será presidida pelo chefe de Estado da China, Xi Jinping.
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