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Lugansk. Moradores obrigados a aceitar passaporte do Governo separatista

Os ucranianos residentes na região de Lugansk estão a ser obrigados a aceitar um passaporte emitido pelo governo separatista pró-russo e, se não o aceitarem, poderão sofrer retaliações, afirmou hoje o Ministério da Defesa ucraniano.

Lugansk. Moradores obrigados a aceitar passaporte do Governo separatista
Notícias ao Minuto

14:03 - 06/05/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

Lugansk e Donesk, áreas no leste na fronteira com a Rússia, formam a região ucraniana de Donbass e autoproclamaram-se unilateralmente como Repúblicas independentes em fevereiro e foram reconhecidas Moscovo dias antes da invasão da Ucrânia.

O Exército russo concentrou os seus ataques nas últimas semanas nas duas áreas, que já controlam parcialmente e onde recebem a ajuda de forças paramilitares e autoridades separatistas pró-russas da região.

"Na cidade ocupada de Sorokine [na região de Lugansk], começou o processo de emissão de passaportes [da República Popular de Lugansk] para cidadãos ucranianos deslocados de territórios recentemente ocupados", disseram os serviços de informação do Ministério da Defesa ucraniano na rede social Telegram.

"Os cidadãos são privados de moradia, propriedade e dinheiro. Portanto, são forçados a aceitar essas condições, porque esta é a única maneira de receber pagamentos em rublos, alimentação e assistência médica", declarou a mesma fonte.

Os serviços de Inteligência referiram ainda que os moradores são doutrinados e "em caso de recusa em adquirir a cidadania da pseudo-República, as pessoas perderão qualquer meio de subsistência e serão aplicadas medidas repressivas" contra as mesmas.

O Governo russo já obrigou moradores de outras áreas ocupadas após a invasão a usar o rublo, como é o caso da região de Kherson, fortemente atingida por bombardeamentos e na fronteira com Donbass.

Segundo as autoridades ucranianas, o Kremlin também planeia convocar referendos ilegais nas regiões ocupadas para justificar a sua anexação à Rússia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: EUA dizem que não vão informar Kyiv da localização de comandantes russos

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