A agência das Nações Unidas para a Infância condenou a detenção de "crianças com apenas 12 anos de idade" e observou que a maioria das violações ocorreram "como resultado de ataques frequentes a instalações médicas" pelas forças de segurança sudanesas durante os protestos contra o golpe militar.
Várias organizações não-governamentais (ONG) locais e internacionais relataram que, no contexto das manifestações e sua respetiva repressão, a polícia e os militares sudaneses invadiram vários hospitais, agrediram trabalhadores da área da saúde e prenderam mesmo doentes hospitalizados.
"A Unicef reitera o seu apelo às autoridades sudanesas para que protejam as crianças de danos e da violência em todos os momentos. As crianças não são um alvo, mesmo durante conflitos ou eventos políticos", sublinhou a agência da ONU numa declaração.
De acordo com o Comité Central de Médicos do Sudão, organização civil de oposição ao regime militar, 71 pessoas foram mortas (17 já este ano) e mais de 2.200 feridas pelas forças de segurança do Estado durante os protestos desde o golpe militar de 25 de outubro de 2021.
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