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Manifestações no Chile contra concurso para exploração privada do lítio

Manifestantes contestaram na sexta-feira à noite o concurso aberto para a exploração privada de reservas de lítio, o que reanimou o debate sobre a nacionalização dos recursos naturais antes da tomada de posse do presidente eleito, de esquerda.

Manifestações no Chile contra concurso para exploração privada do lítio
Notícias ao Minuto

06:28 - 08/01/22 por Lusa

Mundo Chile

Os lotes postos a concurso correspondem a quatro por cento das reservas estimadas no Chile, que detém 57% das reservas mundiais, segundo o gabinete Statista. Os resultados vão ser conhecidos em 14 de janeiro.

"Ou deixamos o lítio no solo ou o extraímos para benefício de todos os chilenos", disse na sexta-feira o presidente, de direita, Sebastian Pinera, para justificar o lançamento do concurso, em outubro, dois meses antes das eleições ganhas por Gabriel Moric.

"O Chile era até 2016 o primeiro produtor mundial de lítio, com 37% do mercado, e recuámos, para ser ultrapassados (com 32% em 2020) pela Austrália" que possui 19% das reservas mundiais, argumentou o ministro das Minas, Juan Carlos Jobet.

Mas sob o slogan "Recuperemos os nossos recursos", a oposição reclamou nos tribunais a suspensão dos concursos, que foi rejeitada na sexta-feira por um Tribunal de Apelo de Santiago por a pretensão ter sido apresentada fora de prazo, e apelou a manifestações em todo o país.

Gabriel Boric, que vai suceder a Pinera em 11 de março, propôs no seu programa a criação de uma "sociedade nacional do lítio", à semelhança da empresa pública Codelco, nacionalizada em 1971, que é hoje a primeira produtora mundial de cobre.

O Chile não pode voltar a cometer "o erro histórico de privatizar os sues recursos", como o lítio, disse.

O concurso visa atribuir, em cinco lotes, a exploração de 400 mil toneladas de lítio, durante sete anos, seguidos de vinte anos suplementares.

A Comissão Chilena do Cobre (Cochilco), um organismo público, estima que a procura mundial de lítio, essencialmente para a produção de baterias elétricas, vai aumentar 21% até 030. A Agência Internacional de Energia estima este aumento em 42% até 2040.

A Cochilco considera que "o segmento dos veículos elétricos vai passar de (representar) 41% do consumo global de lítio em 2020 para 73% em 2030".

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