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Supremo do Iraque ratifica resultados das legislativas de outubro

O Supremo Tribunal Federal, a mais alta instância judicial do Iraque, ratificou hoje os resultados das eleições legislativas de outubro, após ter rejeitado uma queixa da coligação de antigos paramilitares pró-iranianos Hachd al-Chaabi que pedia a sua anulação.

Supremo do Iraque ratifica resultados das legislativas de outubro
Notícias ao Minuto

15:30 - 27/12/21 por Lusa

Mundo Iraque

"O Supremo Tribunal Federal ratificou os resultados das eleições legislativas ", indicou um breve comunicado divulgado pelos serviços de comunicação da alta instância.

Este simples procedimento administrativo vai permitir ao novo parlamento realizar a sua sessão inaugural num prazo de duas semanas, de acordo com a lei.

A assembleia poderá de seguida eleger o Presidente da República, que designará um primeiro-ministro, a ser escolhido, segundo a tradição, pela maior coligação parlamentar.

Poucas horas antes deste anúncio, a alta instância judicial iraquiana tinha divulgado a rejeição de uma queixa apresentada pela coligação de antigos paramilitares pró-iranianos Hachd al-Chaabi, que pedia a anulação dos resultados das eleições legislativas realizadas em 10 de outubro.

"O tribunal federal decidiu rejeitar a queixa que tinha como objetivo a não validação dos resultados (das eleições) e fazer o queixoso suportar os custos (do processo)", afirmou o juiz da alta instância ao ler a deliberação, citado hoje de manhã pelas agências internacionais.

"O veredicto é vinculativo para todas as autoridades", acrescentou.

No final de novembro, a comissão eleitoral do Iraque anunciou os resultados definitivos das legislativas antecipadas de 10 de outubro, confirmando a vitória da corrente do líder xiita Moqtada Sadr, agora a primeira força no parlamento com 73 lugares.

A Aliança para a Conquista, o ramo político dos antigos paramilitares pró-Irão do Hachd al-Chaabi, garantiu 17 dos 329 lugares no parlamento, indicou na mesma altura o organismo eleitoral.

Nas semanas seguintes ao escrutínio, esta corrente, que dispunha de 48 deputados no parlamento cessante, denunciou uma fraude eleitoral, promoveu protestos, nomeadamente na capital iraquiana, Bagdade, e apresentou uma queixa junto do Supremo Tribunal Federal.

A coligação Estado de Direito, do antigo primeiro-ministro Nuri al-Maliki, aliado do Hachd e pró-Irão, garantiu por sua vez 33 lugares no hemiciclo.

O clima de tensão foi igualmente marcado por uma tentativa de assassínio do primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kazimi, no início de novembro.

O chefe do Governo saiu ileso do atentado com um 'drone' (avião não tripulado) contra a sua residência em Bagdade.

Leia Também: Supremo do Iraque recusa anulação dos resultados das legislativas

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