Biden e Putin vão reunir para acalmar tensão nas fronteiras ucranianas

Os presidentes dos EUA e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin, respetivamente, devem falar nos próximos dias sobre a escalada de tensão nas fronteiras ucranianas, confirmaram fontes governamentais dos dois países.

Biden falou com Putin. Navalny e ataque cibernético foram temas centrais

© Alexander Natruskin/Reuters

Lusa
02/12/2021 18:59 ‧ 02/12/2021 por Lusa

Mundo

Ucrânia

provável que os dois presidentes falem diretamente num futuro próximo", disse hoje o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, numa declaração suportada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, que também hoje disse esperar que o contacto entre os líderes ocorra "nos próximos dias", mas sem avançar uma data específica.

Hoje de manhã - num encontro com jornalistas em Estocolmo, à margem de uma reunião ministerial da OSCE -- Blinken informou que tinha tido um encontro "sério e produtivo" com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, a quem transmitiu o conselho de a Rússia retirar as suas tropas da fronteira com a Ucrânia.

Nessa altura, Blinken apontou a utilidade de um encontro entre Biden e Putin, para diminuir a tensão na região, depois de a Ucrânia ter denunciado a iminência de uma invasão russa na região da Crimeia e na zona leste do país ocupada por milícias separatistas pró-Moscovo.

Por sua vez, a Rússia considerou hoje como uma "ameaça direta" a declaração da Ucrânia de pretender recuperar a península da Crimeia, que foi anexada por Moscovo em 2014.

"Vemos isto como uma ameaça direta à Rússia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa em Moscovo, referindo-se a declarações do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre a Crimeia.

"Estamos profundamente preocupados com o facto de a Rússia ter feito planos de agressão contra a Ucrânia", disse Blinken em Estocolmo, acrescentando que Moscovo deve "mudar de rumo" em relação a Kiev e que haverá "consequências graves" se houver um ataque russo nas fronteiras ucranianas.

Blinken disse que transmitiu a Lavrov a mensagem de que "a Ucrânia não é uma ameaça contra a Rússia" e que a única ameaça na região é a da "agressão russa".

O chefe da diplomacia norte-americana disse ainda que se encontrou com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, a quem expressou o apoio dos EUA à soberania da Ucrânia.

Leia Também: Rússia denuncia pretensão ucraniana de recuperar Crimeia

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