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Equador planeia acabar com violência nas prisões com intervenção militar

No final de setembro, 119 pessoas morreram no pior caso de violência do país, em Guayaquil.

Equador planeia acabar com violência nas prisões com intervenção militar
Notícias ao Minuto

08:00 - 16/11/21 por Daniela Filipe

Mundo Equador

Guillermo Lasso, presidente do Equador, anunciou esta segunda-feira que planeia acabar com a onda de violência e de mortes nas prisões através de intervenção militar.

Um tiroteio entre gangues rivais na maior prisão do Equador, que se arrastou por oito horas, durante um fim de semana, provocou a morte de pelo menos 68 pessoas e feriu 25, de acordo com o governo.

No final de setembro, 119 reclusos morreram na prisão de Guayaquil, alguns dos quais foram desmembrados ou queimados, em violentos confrontos entre grupos rivais ligados a traficantes de droga e a cartéis mexicanos e colombianos, num dos piores massacres em prisões da história da América Latina.

As autoridades atribuem as causas desta onda de violência à competição entre gangues rivais no tráfico de droga, sendo, para Lasso, uma das maiores crises que o país já enfrentou.

O presidente referiu, em conferência de imprensa, que o Equador “enfrenta uma ameaça externa séria de ataques por parte de máfias de tráfico de droga, as mesmas que tencionam controlar as prisões” e deteriorar a paz do país.

Aliados como os Estados Unidos da América e a Colômbia vão ajudar o Equador na luta contra o tráfico de droga, acrescentou o responsável, revelando que os militares farão parte dos controlos de segurança dentro e fora das prisões, numa tentativa de restaurar a paz entre os líderes dos diferentes gangues.

Nesse sentido, o presidente apontou o general Orlando Fabian Fuel como chefe das forças armadas este domingo, assim como Luis Burbano enquanto novo comandante, ao passo que Fausto Cobo, líder do Centro de Inteligência Estratégica do governo, ocupará o cargo de chefia do Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI).

Recorde-se que ontem os chefes do comando conjunto das Forças Armadas e das prisões do Equador demitiram-se, no contexto da crise prisional marcada pelo massacre que matou 68 pessoas e feriu 25.

Segundo os números oficiais, pelo menos 238 presos morreram, desde o início de 2021, nas prisões do Equador, sobrelotadas e palco de violência há anos.

Leia Também: Pelo menos 68 mortos em tiroteio dentro de prisão do Equador

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