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Quase 17 milhões de nigerianos sofrerão insegurança alimentar em 2022

Quase 17 milhões de nigerianos sofrerão de insegurança alimentar aguda em 2022, mais 4 milhões que há um ano, no país mais populoso de África, segundo um relatório financiado pelas Nações Unidas, noticiou hoje a agência AFP.

Quase 17 milhões de nigerianos sofrerão insegurança alimentar em 2022
Notícias ao Minuto

14:41 - 08/11/21 por Lusa

Mundo África

Entre outubro e dezembro, mais de 12,1 milhões de nigerianos que vivem em 21 estados enfrentam insegurança alimentar crítica ou de emergência, lê-se no relatório "Cadre harmonisé" (CH) divulgado na sexta-feira e publicado bianualmente sob supervisão do Ministério da Agricultura da Nigéria, com apoio técnico e financeiro das Nações Unidas e organizações não-governamentais (ONG).

Segundo as previsões, o total de nigerianos ameaçados de fome chegará a 16,8 milhões de pessoas entre junho e agosto de 2022, um aumento de mais de 4 milhões.

Este ano, o estado de Borno (nordeste) onde os 'jihadistas' mantêm ações armadas há 12 anos, é a área com o maior número de pessoas em situação de insegurança alimentar (144.914).

Em 2022, só naquele Estado, esse número duplicará para 291.542 pessoas, segundo as projeções. Mais de dois milhões de pessoas fugiram da região onde as operações militares ainda estão em andamento, agora forçadas a viver em campos em condições deploráveis.

A Nigéria, situada na África Ocidental e o país mais populoso do continente africano, com 210 milhões de habitantes, enfrenta uma insegurança generalizada.

Além do confito com os 'jihadistas' no nordeste, as forças armadas têm ainda de combater o crime organizado, protagonizado por gangues de criminosos armados -- conhecidos localmente como "bandidos" - incendiando o noroeste e o centro da Nigéria, saqueando e incendiando aldeias e aumentando os sequestros.

Muito dependente do petróleo, a economia nigeriana foi duramente atingida pela pandemia do novo coronavírus.

Em 2020, o país viveu os efeitos de uma segunda recessão económica nos últimos cinco anos, mas voltou a crescer nos últimos meses.

Todavia, a taxa de inflação continua elevada, com a subida dos preços dos bens alimentares, com reflexos no aumento da pobreza.

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