Steve Bannon rejeita intimação da investigação ao ataque do Capitólio

Um advogado de Steve Bannon disse hoje que o ex-conselheiro de Donald Trump não vai cumprir a intimação da comissão da Câmara dos Representantes dos EUA responsável pela investigação ao ataque ao Capitólio, ocorrido em 06 de janeiro.

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Lusa
09/10/2021 06:20 ‧ 09/10/2021 por Lusa

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De acordo com a defesa de Bannon, a decisão surge depois de o antigo Presidente norte-americano pedir a alguns ex-assessores para invocarem o privilégio executivo para bloquear os pedidos de depoimentos e documentos.

"Dessa forma, até que essas questões sejam resolvidas, não podemos responder aos seus pedidos de testemunhos e documentos", disse o advogado Robert Costello, numa carta enviada à comissão de investigação, formada durante o verão.

Mas, contudo, Robert Castelo adiantou que Steve Bannon, que teve contacto com Donald Trump na semana do ataque ao Capitólio, está preparado para "cumprir as instruções dos tribunais", quando decidirem o caso.

As instruções de Trump a Bannon levantam a possibilidade de os outros três assessores também intimados -- ex-chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, o ex-vice-chefe de gabinete Dan Scavino e o ex-funcionário do Departamento de Defesa, Kashyap Patel -- poderem recusar obedecer à comissão da Câmara dos Representantes.

Ainda nenhum dos três ex-assessores presidenciais respondeu às intimações, incluindo os pedidos de documento que deviam ser entregues na quinta-feira.

A comissão de investigação, que está a enviar intimações a pessoas ligadas a Trump ou que estiveram na organização do comício na manhã de 06 de janeiro, agendou as entrevistas aos visados para a próxima semana.

A carta de Robert Costello à comissão de investigação inclui passagens de um texto enviado a Steve Bannon por Justin Clark, advogado de Donald Trump.

Justin Clark escreve que os documentos e os depoimentos podem ter informações que são "potencialmente protegidas de divulgação por privilégios executivos e outros, incluindo, entre outros, as comunicações presidenciais, processo deliberativo e privilégios de advogado-cliente".

"O presidente Trump está preparado para defender esses privilégios fundamentais em tribunal", sustentou Clark.

Contactados pela agência de notícias AP, os porta-vozes do antigo Presidente dos EUA não atenderam os pedidos de comentário sobre o caso.

Steve Bannon é único dos principais assessores de Donald Trump que não estava a trabalhar em 06 de janeiro, quando aconteceu o ataque ao Capitólio, não sendo ainda claro se afetará a sua posição se o caso for levado aos tribunais.

Na passada quinta soube-se que Donald Trump pretende invocar o privilégio executivo na investigação do Congresso sobre a invasão do Capitólio de 06 de janeiro, ação que pode impedir o depoimento de ex-assessores, segundo revelou uma carta enviada pelos advogados do ex-presidente norte-americano.

A carta, que foi enviada para algumas testemunhas notificadas pela comissão de inquérito da Câmara dos Representantes, deixa claro que Donald Trump esta a preparar a invocação de privilégio executivo para proteger as comunicações presidenciais de serem partilhadas com o Congresso.

O conteúdo da carta foi revelado na quinta-feira por uma pessoa que teve acesso a esta e falou sob condição de anonimato à agência Associated Press, visto que o documento ainda não é público.

Os representantes do antigo presidente dos EUA não responderam aos pedidos de reação até ao momento.

Como Donald Trump já não se encontra no cargo, não pode impor diretamente o privilégio de manter as testemunhas em silêncio ou os documentos longe do Congresso, sendo que o atual presidente, Joe Biden, terá uma palavra a dizer.

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