O contingente é constituído por cerca de 20 membros das forças especiais e do Corpo de Fuzileiros Navais, de acordo com o WSJ, que citou, na quinta-feira, responsáveis norte-americanos, que pediram o anonimato.
O grupo de operações especiais está alegadamente a treinar pequenas unidades de forças terrestres de Taiwan, enquanto o Corpo de Fuzileiros Navais está a treinar forças navais, indicou.
A alegada presença de forças norte-americanas na ilha, há pelo menos um ano, nunca foi confirmada oficialmente.
A informação do WSJ surgiu com o aumento da tensão na região, na sequência de incursões de aviões chineses na zona aérea taiwanesa, que levaram as relações entre Taipé e Pequim a atingir o pior momento em quatro décadas, de acordo com as autoridades da ilha.
O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, afirmou que a China será "capaz de encenar uma invasão em grande escala" da ilha até 2025.
Em 1979, os EUA e a China estabeleceram um acordo mediante o qual Washington reconheceu Pequim como o único Governo chinês, com o entendimento de que Taiwan teria um futuro pacífico.
Os conselheiros de segurança da China e dos Estados Unidos, Yang Jiechi e Jake Sullivan, respetivamente, estiveram reunidos na quarta-feira, em Zurique (Suíça), num encontro durante o qual foi abordada a questão de Taiwan, entre outros temas, de acordo com Washington.
Antes do final do ano, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, deverão manter uma reunião virtual.
Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949, data em que as forças nacionalistas do Kuomintang ali se refugiaram depois de terem sido derrotados pelas tropas comunistas, que fundaram, no continente, a República Popular da China.
Pequim considera a ilha parte da China, a reunificar, se necessário, pela força.
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