"Eu desejava que o ritmo de formação do Governo fosse mais rápido", reconheceu Mikati, após uma reunião com o Presidente da República, Michel Aoun.
O Líbano está sem Governo desde a demissão de Hassan Diab e da sua equipa, a 10 de agosto de 2020.
"Quero que formemos um Governo rapidamente para o anunciar aos libaneses antes de 04 de agosto", que coincide com o primeiro aniversário da devastadora explosão no porto, que fez 214 mortos e mais de 6.500 feridos, declarou.
Mikati reiterou a sua intenção de formar o novo executivo, tão aguardado, num prazo temporal limitado, após um ano de procrastinação e negociações políticas.
A 26 de julho, o Presidente Aoun encarregou Najub Mikati, de 65 anos, de formar um novo Governo, após o fracasso dos seus dois antecessores em constituir um executivo para realizar reformas indispensáveis para fazer o Líbano sair da pior crise socioeconómica da sua história.
A ajuda internacional ao país está condicionada à formação de um Governo capaz de combater a corrupção e de levar a cabo reformas.
Apesar das ameaças de sanções da União Europeia (UE), das advertências e das acusações de "obstrução organizada" nos últimos meses, os dirigentes libaneses não reagiram minimamente, limitando-se a prosseguir as suas negociações.
Em meados de julho, o primeiro-ministro indigitado Saad Hariri atirou a toalha, desistindo de formar Governo quase nove meses após a sua nomeação.
França, que supervisiona os esforços internacionais para uma saída da crise, anunciou uma nova conferência de ajuda internacional no Líbano a 04 de agosto, para "atender às necessidades dos libaneses".
Leia Também: Líbano. Tudo ainda por (re)fazer um ano após explosão no porto de Beirute