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Donald Tusk regressa à política polaca e assume a liderança da oposição

O ex-presidente do Conselho Europeu e ex-primeiro ministro polaco, Donald Tusk, regressa à liderança da Plataforma Cívica, o principal partido da oposição, com a esperança de derrotar a enfraquecida coligação conservadora que governa desde 2015.

Donald Tusk regressa à política polaca e assume a liderança da oposição
Notícias ao Minuto

13:28 - 03/07/21 por Lusa

Mundo Polónia

Num congresso celebrado em Varsóvia, o então presidente da Plataforma Cívica, Boris Budka, anunciou hoje que, a seu "pedido e convite", entrega "as rédeas do partido" a Tusk e abandona a direção do partido depois de "um ano de enormes desafios".

No seu discurso, Budka, cuja liderança foi questionada dentro das fileiras do seu próprio partido, colocou todas as esperanças da oposição em Tusk, que definiu como "um homem que guiou a Polónia durante a crise económica, que ajudou a construir uma Europa unida e conseguiu derrotar o PiS [sigla para Law and Justice, o partido do Governo]".

A plataforma Cívica venceu, sob a liderança de Tusk, de 64 anos, as eleições de 2007 e 2011, ano em que o mesmo abandonou a política polaca para presidir o Conselho Europeu.

Em 2015, o ultraconservador PiS ganhou as eleições por maioria absoluta e governa a Polónia desde então, ainda que na atual legislatura a Plataforma Cívica mantenha a maioria no senado, o que Budka designou de "um oásis de democracia num país que se afunda cada vez mais".

Nos últimos meses, aumentaram os rumores sobre o regresso de Tusk à política polaca desde que este declarou que não pensava "ficar em casa a ver na televisão" como a vida política do seu país estava dominada pelo PiS.

Tusk manteve contactos com as figuras mais proeminentes da Plataforma Cívica nas últimas semanas e recentemente encontrou-se com Rafal Trzaskowski, presidente da Câmara de Varsóvia e um dos nomes considerados como possível sucessor de Budka na direção da Plataforma Cívica, para lhe comunicar a decisão de dirigir o partido.

O regresso de Tusk foi criticado por algumas fações do seu partido, especialmente, pelos militantes mais jovens, que puseram em dúvida o regresso do "cavaleiro de armadura branca", como foi apelidado depois de aparecer caricaturado como tal numa revista política em detrimento de uma renovação geracional dentro do partido.

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