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Irão defende que anulação de sanções é "uma obrigação legal e moral"

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão afirmou hoje que a anulação das sanções ao país é "uma obrigação legal e moral" dos Estados Unidos, a quem também instou para desbloquear os fundos iranianos detidos no estrangeiro.

Irão defende que anulação de sanções é "uma obrigação legal e moral"
Notícias ao Minuto

10:20 - 24/05/21 por Lusa

Mundo EUA

"Levantar as sanções do (ex-Presidente norte americano Donald) Trump é uma obrigação legal e moral. Não negociar para obter vantagem", escreveu Mohammad Javad Zarif, na sua conta da rede social Twitter.

O ministro iraniano advertiu que o regime de sanções impostas para pressionar o Irão "não funcionou para Trump e não irá funcionar" para a atual administração do Presidente norte-americano Joe Biden.

"Libertem os milhares de milhões de dólares do povo iraniano mantido como refém no estrangeiro devido à intimidação americana. O legado de Trump já passou a sua data de validade", acrescentou.

Esta semana inicia-se a quinta ronda de negociações para salvar o acordo nuclear de 2015 com o Irão, muito enfraquecido desde a retirada unilateral dos EUA em 2018 e a sua reposição de sanções contra Teerão.

O Irão, por sua vez, começou em 2019 a renegar gradualmente os seus compromissos no âmbito do pacto, que limita o seu programa atómico, e está atualmente a enriquecer urânio com 60% de pureza.

As negociações envolvem os países que permanecem no pacto - Irão, Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China - e incluem contactos indiretos com os EUA.

O Presidente do Irão, Hassan Rohani, salientou no domingo que o seu país "continuará a realizar negociações em Viena até que seja alcançado um acordo final".

Para além desta reunião, a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) e o Irão vão negociar o alargamento do acordo bilateral temporário, que visa facilitar as inspeções aos sítios nucleares persas, também em Viena.

Segundo declarações anónimas de um membro do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão à agência noticiosa IRNA, é possível que haja uma "prorrogação condicional do acordo anterior por um mês", de forma a dar uma oportunidade às negociações das sanções na capital austríaca.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica da ONU, Rafael Grossi, tinha agendado a apresentação de um relatório no domingo, mas a sua conferência de imprensa foi adiada para hoje sem que as razões fossem anunciadas.

Leia Também: Irão nega a inspetores imagens de vigilância de instalações nucleares

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