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Embaixadora de Marrocos em Espanha adverte para "agravamento de relações"

A embaixadora de Marrocos em Madrid, Karima Benyiach, advertiu hoje em Rabat que caso a Espanha decida fazer sair Brahim Ghali do país "com opacidade", da mesma forma que entrou, "será optar pela suspensão e agravamento das relações" bilaterais.

Embaixadora de Marrocos em Espanha adverte para "agravamento de relações"
Notícias ao Minuto

16:47 - 21/05/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

Através de uma declaração emitida no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Rabat, após reunir-se com o chefe da diplomacia Naser Burita, a embaixadora, que na terça-feira foi convocada para consultas na capital marroquina, não hesitou em qualificar de "grave crise" o atual momento das relações hispano-marroquinas.

Karima Benyiach considerou que os novos desenvolvimentos em relação a Ghali "constituem um teste para a independência da justiça espanhola", sobre a qual afirma que Marrocos confia "plenamente", mas também outro teste para comprovar se a Espanha "opta por reforçar as suas relações com Marrocos ou prefere colaborar com os seus inimigos".

Em abril passado, Brahim Ghali, secretário-geral da Frente Polisário, que luta pela autodeterminação do Saara Ocidental após a anexação do território por Marrocos em 1975, foi internado num hospital da cidade espanhola de Logroño, originando um grave contencioso diplomático entre os dois países.

Na perspetiva da embaixadora, "a Espanha optou infelizmente pela opacidade ao atuar nas costas de Marrocos, acolhendo e protegendo este criminoso e verdugo sob o pretexto de motivos humanitários e ofendendo assim a dignidade do povo marroquino".

Marrocos, acrescentou, "não pede favores nem complacência, antes que seja respeitado o espírito da parceria e se aplique a lei espanhola" sobre Ghali, acusado de "graves factos relacionados com crimes contra a Humanidade, violações dos direitos humanos e violações a mulheres".

Na quinta-feira, o ministro Naser Burita assegurou que a embaixadora não regressará a Madrid "enquanto se mantiver a crise e a verdadeira causa da crise", numa referência ao futuro de Brahim Ghali quando obtiver alta hospitalar, e às explicações da parte espanhola sobre a forma como Ghali entrou em território espanhol.

A atual crise diplomática é a mais grave desde 2002, na sequência da invasão do ilhéu de Perejil por forças marroquinas, posteriormente desalojadas por soldados espanhóis.

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