Apenas 93 legisladores apoiaram o primeiro-ministro neste voto de confiança, enquanto 124 votaram contra o chefe de Governo. Uma nova ala dentro de seu partido absteve-se na votação.
O Presidente do Nepal, Bidhya Devi Bhandari, deve pedir a Oli para liderar um governo interino, enquanto os partidos no parlamento procuram formar um novo governo.
O Partido Comunista do Nepal (do qual Oli é membro) venceu as eleições no final de 2017 e Oli foi eleito primeiro-ministro pelo parlamento no início de 2018. Uma divisão anterior dentro do seu partido em março já o havia enfraquecido, forçando-o a liderar um governo minoritário, e uma nova divisão surgiu esta semana.
Oli pediu hoje um voto de confiança, na tentativa de demonstrar que tinha apoio suficiente para permanecer no poder.
O primeiro-ministro foi criticado pela forma como está a lidar com a pandemia do novo coronavírus, visto que o país registou o seu maior número de novos casos e mortes nos últimos dias.
As autoridades impuseram desde o mês passado um confinamento em muitas partes do país e devem estendê-lo, já que os hospitais estão a ficar sem camas, oxigénio e medicamentos.
Oli tornou-se primeiro-ministro depois de o seu partido se ter unido com outra formação comunista - composta por ex-rebeldes maoístas -, criando um partido forte e unido que ganhou as eleições há três anos.
O primeiro-ministro envolveu-se numa luta pelo poder com o líder dos ex-rebeldes, Pushpa Kamal Dahal, que também é copresidente do partido.
Oli recusou-se a permitir que Dahal lhe sucedesse como primeiro-ministro ou liderasse o partido, apesar de um acordo anterior neste sentido, causando divisões dentro do partido.
Oli instituiu a dissolução do parlamento em dezembro e anunciou novas eleições este ano. O Supremo Tribunal, no entanto, reinstaurou o parlamento e cancelou as novas eleições.
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