Argentina "rejeita" lançamento de mísseis nas Malvinas pelo Reino Unido
O Governo argentino refutou hoje o lançamento de mísseis a partir das ilhas Malvinas pelo Reino Unido, um país com quem disputa a soberania sobre este arquipélago do Atlântico Sul.
© Twitter/ José Iniesta
Mundo Argentina
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino, o Reino Unido - que controla estas ilhas, que designa como Falklands desde 1833 mas reivindicadas pela Argentina -, iniciou entre 26 e 28 de abril "manobras militares em território argentino ilegitimamente ocupado", que incluíram o lançamento de mísseis.
"Estas manobras constituem uma injustificada demonstração de força e omitem de novo os apelos das numerosas resoluções das Nações Unidas e de outros organismos internacionais, que exortam a Argentina e o Reino Unido a retomarem as negociações, para encontrar uma solução pacífica e definitiva da disputa de soberania", lê-se no texto.
Estes exercícios foram efetuados semanas após o Governo do país sul-americano ter enviado "uma contundente nota de protesto", ao seu homólogo britânico após ter conhecimento destes exercícios, e denunciando a situação junto ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e à Organização Marítima Internacional.
Neste sentido, e segundo o Governo argentino, os exercícios com mísseis violam a resolução 41/11 da Assembleia geral das Nações Unidas sobre Zona de Paz e Cooperação no Atlântico Sul, e que exorta os Estados a respeitarem "escrupulosamente" a zona do Atlântico Sul como "zona de paz e cooperação".
O executivo argentino também emitiu um "aviso náutico" com o objetivo de que o tráfico marítimo na zona não seja "colocado em perigo pelos ilegítimos exercícios militares britânicos".
"Estas manobras militares demonstram uma vez mais que a ocupação ilegítima das Malvinas é a desculpa para o estabelecimento de uma desproporcionada base militar", assegurou a diplomacia de Buenos Aires, acrescentando que o destacamento inclui atualmente 1.200 efetivos no Monte Agradable e outros 300 civis que realizam tarefas de apoio.
Perante este novo ato "de hostilidade", o Governo argentino voltou a reiterar o "desejo de negociação" com o executivo britânico para ultrapassar as disputas de soberania sobre as ilhas.
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