Xiye Bastida, que nasceu no México, mas estuda numa universidade dos Estados Unidos, onde vive desde 2015, representou o movimento de ativistas ambientais Fridays for Future na cimeira climática de líderes convocada pelo Presidente norte-americano Joe Biden, afirmando que são eles que "criam e encontram maneiras de contornar as suas próprias legislações, resoluções, políticas e acordos".
Num rol de exigências que deixou, a estudante da Universidade da Pensilvânia reclamou o fim da exploração de combustíveis fósseis e culpou os "sistemas nocivos do colonialismo, a opressão do capitalismo e as soluções verdes fingidas orientadas para o mercado" do que chamou "norte global".
Na sua argumentação, é este "norte global" que está maioritariamente representado na cimeira para a qual foi convidada e que "historicamente, perpetuou estes sistemas".
"A indústria dos combustíveis fósseis assenta na existência de zonas sacrificadas, escolhidas intencionalmente para atingir o sul global e as comunidades negras e castanhas no norte global", disse.
Falando na cimeira que marca o regresso dos Estados Unidos como potência fomentadora da discussão sobre as alterações climáticas, Xiye Bastida afirmou que "não pode continuar a haver cimeiras e conversações sobre o que precisa de mudar" porque "já são conhecidas as soluções e precisam é de ser aplicadas," mas sem "racismo ambiental" e sem "eurocentrismo".
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