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Antigo ministro da RDCongo detido em Brazaville por suspeita de corrupção

Kinshasa, 21 abr 2021 (Lusa) - O antigo ministro da Educação da República Democrática do Congo (RDCongo) Willy Bakonga foi detido na terça-feira à noite no aeroporto de Brazzaville, a capital da República do Congo, a pedido das autoridades congolesas.

Antigo ministro da RDCongo detido em Brazaville por suspeita de corrupção
Notícias ao Minuto

11:52 - 21/04/21 por Lusa

Mundo RDCongo

"Willy Bakonga, antigo ministro da educação da RDC, foi retirado de um voo da Air France para Paris na terça-feira à noite a pedido de Kinshasa, que procura a sua extradição", disse uma fonte da polícia à agência francesa de notícias, a France-Presse, que dá conta de que Bakonga é procurado desde a semana passada pelo Ministério Público para ser ouvido num caso de desvio de fundos.

Bakonga tinha a pasta do ensino primário e secundário na RDCongo durante a Presidência de Joseph Kabila, tendo sido também ministro do Desporto no governo do presidente Felix Tshisekedi, que venceu as eleições de dezembro de 2018.

O antigo governante "está atualmente detido nas instalações da Central de Informação e Documentação", a antiga Direção Geral de Vigilância Territorial, conclui a fonte da AFP, sem dar mais pormenores.

No final do março, o diretor do serviço de remuneração dos professores e o secretário-geral do ministério que tem a pasta do ensino primário e secundário foram condenados a 20 anos de prisão por desvio de fundos.

O ensino primário gratuito é uma das medidas emblemáticas de Tshisekedi, que está no poder desde janeiro de 2019.

Em fevereiro, o Banco Mundial suspendeu um financiamento de 100 milhões de dólares para o projeto de educação gratuita devido a um caso de corrupção.

A prisão de Bakonga ocorre menos de uma semana depois da visita do Presidente Tshisekedi a Brazzaville, onde participou na tomada de posse do seu homólogo, Denis Sassou Nguesso, a 16 de abril.

Entre Brazzaville e Kinshasa existe um clima de "confiança mútua", disse na altura o chefe de Estado da RDCongo.

Leia Também: RDCongo exige 3,6 mil milhões de euros pela invasão feita pelo Uganda

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