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Moscovo "não quer conflito direto" com EUA na Ucrânia

A Rússia "não quer um conflito direto" com os Estados Unidos, "mesmo que continue com os esforços de desestabilização na Ucrânia", estimaram hoje os serviços de informações norte-americanos no relatório anual sobre ameaças aos Estados Unidos no mundo.

Moscovo "não quer conflito direto" com EUA na Ucrânia
Notícias ao Minuto

18:36 - 13/04/21 por Lusa

Mundo Serviços Secretos

No relatório, os serviços de informações acrescentam também que o Governo afegão terá dificuldade em resistir aos talibãs se a coligação internacional se retirar do Afeganistão este ano, conforme prevê o acordo alcançado pela Administração de Donald Trump com os insurgentes.

"Moscovo vai continuar a usar várias táticas este ano" para tentar enfraquecer a influência dos Estados Unidos, desenvolver novas parcerias ou semear divisão no campo ocidental, indica este relatório, publicado no meio de tensões renovadas entre a Rússia e a Ucrânia. 

"Na [zona de influência da] ex-URSS, Moscovo está posicionado para aumentar o seu papel no Cáucaso, intervir na Bielorrússia se julgar necessário e continuar os esforços de desestabilização na Ucrânia, enquanto as negociações estiverem paradas e os confrontos limitados continuarem", lê-se no relatório, de 27 páginas.

Segundo o documento, Washington espera que Moscovo "procure oportunidades de cooperação pragmática" com os Estados Unidos, nos seus termos, sublinhando acreditar que a Rússia "não deseja um conflito direto com as forças norte-americanas".

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs hoje ao homólogo russo, Vladimir Putin, a organização de uma cimeira entre os dois Estados num país terceiro "nos próximos meses" para "construir uma relação estável e previsível com a Rússia".

Segundo a Casa Branca, Biden expressou "preocupação com o súbito aumento de tropas russas na Crimeia ocupada e na fronteira com a Ucrânia" e apelou à Rússia para "reduzir as tensões".

Por outro lado, o relatório dos serviços secretos acrescenta que o Governo afegão terá dificuldade em resistir aos talibãs se a coligação internacional se retirar do Afeganistão este ano, conforme previsto no acordo alcançado no ano passado com os insurgentes pelo governo Trump.

"Acreditamos que as perspetivas de paz permanecerão limitadas no próximo ano", disse o documento. 

"[Os talibãs) deverão, provavelmente, ganhar terreno e o governo afegão vai ter dificuldades para resistir aos talibãs se a coligação retirar o apoio", acrescentam os serviços de inteligência dos Estados Unidos.

Joe Biden deve anunciar em breve a decisão sobre a retirada ou não das tropas norte-americanas no Afeganistão, previstas para 01 de maio.

"As forças afegãs ainda controlam as grandes cidades (...), mas ainda estão a tentar recuperar terreno ou a restabelecer a sua presença em áreas abandonadas em 2020", indica o relatório.

Leia Também: Blinken diz que EUA apoiam "a integração euro-atlântica" da Ucrânia

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