Por seu lado, a agência noticiosa síria Sana deu também hoje conta do "desaparecimento" de "um número indeterminado de habitantes" de uma localidade na província de Hama, onde o conflito no país tem sido intenso.
A agência noticiosa estatal síria, que responsabiliza o EI, noticia também que várias pessoas da mesma localidade foram "hospitalizadas".
"A organização EI raptou oito agentes da polícia e 11 civis na localidade de al-Saan", indicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, acrescentando que pelo menos 40 outras pessoas estão "desaparecidas".
Apesar de ter sido derrotado em março de 2019 com a queda do seu "califado", o grupo 'jihadista' continua a lançar ataques mortíferos na Síria, especialmente em Badiya, que se estende das províncias centrais de Hama e Homs até à de Deir Ezzor, no extremo leste da Síria.
Neste setor, os 'jihadistas' que voltaram à clandestinidade estão empenhados na luta contra as forças do regime.
Nos últimos meses, os 'jihadistas' também "sequestraram civis, pastores e soldados" em várias ocasiões, assegurou Abdel Rahmane.
"Na maior parte dos casos, as pessoas raptadas são mortas, sobretudo se se trata de militares", precisou o diretor do Observatório.
Os sequestros de hoje imputados ao EI são os mais importantes desde a queda do "califado", prosseguiu Abdel Rahmane, cujo Observatório dispõe de uma vasta rede de fontes numa Síria em guerra.
Em julho de 2018, os 'jihadistas' sequestraram cerca de 30 pessoas na província de Soueida, após uma série de ataques contra a comunidade drusa no sul.
Os reféns, principalmente mulheres e crianças, foram libertados, com exceção de cinco deles, que morreram devido às condições de detenção ou executados.
O conflito sírio, desencadeado em 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, tornou-se mais complexo ao longo dos anos, com o envolvimento de uma multidão de beligerantes, com a ascensão dos 'jihadistas' e com a intervenção de potências estrangeiras.
A guerra na Síria já provocou mais de 388.000 mortes.
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