Capitólio: Dois homens detidos e acusados de agressão a Brian Sicknick
O agente da polícia do Capitólio morreu após a insurreição no Capitólio. Sicknick e outros agentes foram atacados com um spray que continha um químico tóxico.
© Reuters
Mundo Invasão do Capitólio
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou esta segunda-feira que dois homens foram detidos e acusados da agressão ao agente da polícia do Capitólio, Brian Sicknick, que morreu na sequência do ataque do passado dia 6 de janeiro, informa a CNN.
Julian Elie Kather, de 32 anos, e George Pierre Tanios, de 39, alegadamente atacaram em conjunto polícias, incluindo Brian Sicknick, recorrendo a um spray que continha um químico tóxico.
Segundo os documentos judiciais, Kather referiu-se ao conteúdo da lata de spray como "merda de urso", mas o Departamento de Justiça afirma que o conteúdo da lata é desconhecido.
"Os agentes Sicknick, Edwards e Chapman, que estão a poucos metros de Kather, reagem, um de cada vez, a algo que os atinge na cara. Os agentes imediatamente recuam, colocam as mãos na cara e procuram água para lavar os olhos", escreveu o FBI num dos documentos que consta no tribunal.
Os agentes da polícia foram temporariamente cegados pelo químico – tão ou mais forte do que qualquer químico a que foram expostos durante o seu treino na polícia, frisaram os agentes Edwards e Chapman.
O documento judicial não explica como o químico poderá ter contribuído para a morte de Brian Sicknick.
No dia 7 de janeiro, quando Sicknick morreu, a polícia do Capitólio divulgou um comunicado no qual referia que o agente "ficou ferido quando enfrentou" os invasores, e que "regressou ao posto da sua divisão e colapsou". Brian Sicknick foi levado para o hospital onde acabaria por morrer.
A agente Edwards ficou com ferimentos permanentes após ser exposta ao químico.
No total, Kather e Tanios são acusados de nove crimes, a maioria relacionada com agressões a agentes da polícia.
No entanto, e apesar das autoridades federais terem insistindo durante semanas que estavam a proceder a uma investigação por homicídio, não conseguiram acusar Kather e Tanios do homicídio de Brian Sicknick.
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