Netanyahu cancela 1.ª viagem oficial aos Emirados após normalização
O primeiro-ministro israelita foi forçado a adiar a sua primeira visita oficial aos Emirados Árabes Unidos (EAU) desde a normalização de relações, prevista para hoje, devido a desacordos com o governo jordano, indicou o gabinete de Benjamin Netanyahu.
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Mundo Israel
Num comunicado, o gabinete do primeiro-ministro explica que "a visita foi adiada devido a dificuldades em coordenar o voo no espaço aéreo jordano", adiantando que o conflito resultou do cancelamento da visita do príncipe jordano a um santuário contestado em Jerusalém na quarta-feira "devido a desacordo sobre as medidas de segurança e proteção no local".
Segundo meios de comunicação israelitas, a Jordânia não autorizou o voo de Netanyahu a atravessar o seu espaço aéreo em represália por Israel ter cancelado na quarta-feira uma visita do príncipe herdeiro jordano à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.
O Governo jordano ainda não quis comentar, segundo a agência norte-americana Associated Press.
O gabinete do primeiro-ministro israelita adiantou que a histórica visita será reagendada.
No início do dia, a hospitalização da mulher de Netanyahu devido a uma apendicite levantou dúvidas sobre se a visita se realizaria.
Nem Israel nem os EAU tinham dado pormenores sobre o programa da visita, que ocorreria a menos de duas semanas das legislativas israelitas de 23 de março e durante a qual Netanyahu se deveria encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed bin Zayed al-Nahyan.
O primeiro-ministro já tinha adiado uma visita aos Emirados e ao Bahrein no início de fevereiro devido a restrições de viagem relacionadas com a pandemia do novo coronavírus.
Além destes dois países, Israel também regularizou o ano passado relações com o Sudão e Marrocos, no âmbito de acordos mediados pela administração do presidente norte-americano Donald Trump.
Os Emirados, o Bahrein e Israel assinaram em setembro os acordos de normalização de relações, os primeiros do género entre países árabes do Golfo e o Estado hebreu, qualificados de "traição" pelos palestinianos.
Desde então Telavive já assinou vários acordos comerciais com Abu Dhabi, que tem um embaixador para Israel desde 1 de março.
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