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Sugeriu que mulheres mentem sobre agressões sexuais e foi 'premiada'
Anteriormente, a deputada japonesa Sugita Mio já tinha estado envolvida numa polémica ao afirmar que a comunidade LGBT "não é produtiva".
© Sugita Mio/Facebook
Mundo Japão
Recentemente, o Japão foi notícia pelos comentários sexistas Mori Yoshiro, o antigo responsável do comité de organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foi forçado a demitir-se depois de queixar-se de que as “mulheres falavam demasiado” nas reuniões.
O problema dos comentários sexistas – na maioria das vezes misóginos – no Japão é tal que há um grupo, composto por académicos e ativistas, que organiza uma votação online para o comentário mais sexista.
A votação é semanal e é contabilizada para a atribuição de um ‘prémio’ anual para o comentário mais sexista.
Na votação desta semana, e apesar da controversa afirmação de Mori Yoshiro, houve outro comentário que mereceu o ‘prémio’ de mais sexista. Foi um comentário feito pela deputada Sugita Mio, do Partido Democrático Liberal, que está no poder.
Em setembro do ano passado, Sugita disse numa reunião com legisladores do seu partido que as “mulheres podem mentir quanto quiserem” sobre agressões sexuais.
O grupo que organiza a votação online considerou a afirmação de Sugita “misógina por questionar as mulheres que se queixam de agressões sexuais como se fossem falsas desde o primeiro momento, sem apresentar justificações”.
Ao contrário do que aconteceu com Mori, Sugita Mio resistiu aos pedidos para que se demitisse.
Convém referir que esta não foi a primeira vez que a deputada gerou polémica com as suas afirmações. Em 2019, Sugita ficou em segundo lugar da votação de comentários mais sexistas quando declarou os membros da comunidade LGBT “não eram produtivos” porque não podem ter filhos.
Leia Também: Japão. Partido no poder vai permitir mulheres em reuniões... mas caladas
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