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EUA. Ação climática apresenta enorme oportunidade de criação de empregos

Os Estados Unidos reconhecem com mais clareza que a ação climática é a maior criadora de empregos no mundo, considerou hoje o secretário adjunto de relações internacionais no Departamento de Energia do Governo de Joe Biden.

EUA. Ação climática apresenta enorme oportunidade de criação de empregos
Notícias ao Minuto

23:56 - 09/03/21 por Lusa

Mundo Andrew Light

Washington, 09 mar 2021 (Lusa) -- Os Estados Unidos reconhecem com mais clareza que a ação climática é a maior criadora de empregos no mundo, considerou hoje o secretário adjunto de relações internacionais no Departamento de Energia do Governo de Joe Biden.

Andrew Light, responsável por relações internacionais no Departamento de Energia disse hoje que as respostas aos impactos das alterações climáticas "é a maior oportunidade de criação de empregos que teremos nas nossas vidas", mas "só agora" é reconhecido pelo Governo dos Estados Unidos.

"Toda a gente, incluindo o Presidente, agências nacionais, a secretária do Departamento de Energia [Jennifer Granholm] e todos os trabalhadores do departamento acreditam firmemente que abordar as alterações climáticas é um grande criador de empregos e sempre foi. Só agora estamos a ver isso mais claramente", declarou hoje Andrew Light, numa conferência virtual internacional, moderado pela portuguesa Mafalda Duarte.

O 'webinar', organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) e que contou com um público de mais de 300 pessoas, foi moderado por Mafalda Duarte, diretora executiva do Climate Investment Funds, um fundo internacional de investimentos climáticos no valor de 8,5 mil milhões de dólares (7,1 mil milhões de euros).

O representante do Governo dos Estados Unidos disse que a administração de Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris tem quatro pilares essenciais: combater a pandemia de covid-19, resolver a desaceleração económica, responder à crise climática e fazer justiça para todos que sofreram de racismo.

Segundo Andrew Light, a administração esforça-se por dar respostas "simultâneas" e "em sinergia" a estes problemas.

Os EUA estão comprometidos em atingir emissões poluentes zero até 2050 e essa trajetória será suportada por uma política doméstica de criação de "milhões de empregos com pagamentos dignos em energias limpas", disse Andrew Light.

Segundo o responsável, os empregos que o Governos dos EUA quer criar serão espalhados por todos o país, independentemente das preferências políticas dos 50 Estados, mas principalmente nas comunidades que mais precisam dos empregos.

Nesse sentido, objetivos principais são a "segurança energética", a descarbonização e a aplicação de energias renováveis para o desenvolvimento.

"Na minha opinião, os EUA estiveram sentados à margem na presença dessa oportunidade nos últimos quatro anos, mas agora estamos de volta e vamos competir com outros países do mundo, para liderar e dar soluções para outros países", acrescentou Andrew Light, numa referência à presidência de Donald Trump, que contrariava a noção de que o clima é um problema e se desfez de acordos multilaterais para ação climática.

Este ano, o Governo norte-americano prevê que haja "ambições e sinais" internacionais no combate à crise climática, que se verão na cimeira internacional organizada pelos EUA a 22 de abril e na conferência das Nações Unidas para o clima, COP26, em novembro, em Glasgow, Reino Unido.

Mafalda Duarte, CEO do Climate Investment Funds e da iniciativa climática Just Transition Initiative, declarou que o mundo tem de se preparar para transformações significativas e deve dar maior atenção aos impactos sofridos nas comunidades e nas soluções que melhor se adaptam às realidades de cada lugar.

"Vamos passar por transformações sociais e económicas muito significativas, potencialmente a uma escala e velocidade nunca experienciada na história humana", considerou Mafalda Duarte.

Por exemplo, já há consenso sobre os impactos das alterações climáticas em grandes segmentos da sociedade, "particularmente nos trabalhadores e comunidades dependentes de combustíveis fósseis e recursos naturais", alertou a portuguesa que já trabalhou para o Banco Mundial e Banco Africano de Desenvolvimento.

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