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Bielorrússia: Julgamento de opositor do Presidente começou hoje em Minsk

O julgamento de Viktor Babaryko, um dos grandes opositores do Presidente bielorrusso que foi preso em junho do ano passado, começou hoje em Minsk, quando continua a forte repressão à oposição no país.

Bielorrússia: Julgamento de opositor do Presidente começou hoje em Minsk
Notícias ao Minuto

11:18 - 17/02/21 por Lusa

Mundo Bielorrússia

Babaryko planeava concorrer às eleições presidenciais em agosto de 2020 contra o Presidente Alexander Lukashenko, que foi reeleito, mas foi preso em junho e acusado de branqueamento de capitais.

A prisão do ex-banqueiro resultou na união de grupos de vários opositores do regime que acabaram por fazer campanha pela candidata presidencial Svetlana Tikhanovskaya, que denunciou posteriormente os resultados das eleições de agosto como fraudulentos.

O anúncio da reeleição de Lukashenko desencadeou imediatamente um movimento de protesto que, apesar da repressão, levou dezenas de milhares de pessoas às ruas durante meses.

Hoje, durante o julgamento, Victor Babaryko disse estar "orgulhoso" do movimento de protesto contra o Presidente da Bielorrússia, no poder desde 1994.

"Tenho orgulho e admiro essas pessoas que venceram a escravidão profundamente enraizada dentro de si, não tiveram medo de ameaças e que manifestaram publicamente a sua opinião sobre o que está a acontecer, que sacrificaram o seu bem-estar, a sua liberdade e até a sua vida para que outros pudessem respirar totalmente o ar puro da liberdade", disse Babaryko.

"As trevas, o mal e as mentiras não podem durar para sempre. O amanhecer virá iluminar a vastidão de nossa Bielorrússia", acrescentou Babaryko, cujo julgamento começou na presença de uma grande força policial.

Babaryko é acusado pelos serviços de segurança da Bielorrússia de ter "recebido subornos de um grupo organizado em grandes quantidades" durante o período em que era responsável pela Belgazprombank, uma filial bielorrussa de um banco pertencente ao gigante do gás russo Gazprom.

A sua conselheira mais próxima, Maria Kolesnikova, foi uma das três figuras femininas que lideraram o protesto.

Maria Kolesnikova foi presa depois de se recusar a ir para o exílio.

As outras duas, Svetlana Tikhanovskaya e Veronika Tsepkalo, fugiram da Bielorrússia.

Leia Também: Bielorrússia. Lukashenko grita vitória face ao "ataque relâmpago" inimigo

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