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Governo timorense quer agência de notícias estatal credível

O Governo timorense quer que a agência pública de notícias, a Tatoli, seja cada vez mais uma fonte credível e de notícias de qualidade, com recursos humanos capazes de garantir uma cobertura ampla em várias línguas, disse o ministro da tutela.

Governo timorense quer agência de notícias estatal credível
Notícias ao Minuto

09:51 - 01/02/21 por Lusa

Mundo Timor-Leste

"[A Tatoli] deve ser independente na sua gestão, administração e na redação, de acordo com as leis e a Constituição e com mais recursos para alcançar o objetivo comum de ter uma agência de qualidade, apostando na cobertura em várias línguas", disse o ministro dos Assuntos Parlamentares e Comunicação Social, Francisco Jerónimo.

Jerónimo falava à Lusa depois de dar posse ao novo presidente da Tatoli -- Agência Noticiosa de Timor-Leste, Manuel Pinto, e aos novos vice-presidentes dos Assuntos de Media e Jornalismo, Xisto Freitas Piedade, e de Assuntos de Administração e Finanças, Olandino da Costa.

"Deve ser uma agência que possamos no futuro comparar com a Lusa ou outras, que garanta um trabalho credível que possa fornecer a todos", disse o ministro.

Por seu lado, Manuel Pinto disse à Lusa que a sua prioridade é "continuar a desenvolver a instituição para garantir recursos humanos suficiente" para melhorar a capacidade da Tatoli.

Conseguir a expansão de conteúdos e o reforço da cobertura, com parcerias com agências como a Lusa e a indonésia Antara, são outros objetivos.

Questionado sobre a perceção de que a Tatoli ainda não é vista como uma organização independente, Manuel Pinto sublinhou que a "redação é independente e tem um conselho de redação".

"Queremos concentrar-nos na missão e visão e encorajo todos na cobertura noticiosa a ajudar a empoderar as pessoas, os cidadãos, para que sejam participantes ativos no processo de desenvolvimento nacional", frisou.

"Ainda temos poucos recursos humanos e apenas 17 jornalistas e precisamos ampliar isso. Agora grande parte do produto são notícias programadas, mas exclusivos, reportagem ainda temos poucas. E isso deve-se a falta de recursos humanos", disse.

Este ano a Tatoli quer expandir os seus quadros, incluindo com delegações em quatro municípios -- Viqueque, Baucau, Same e Bobonaro -- e ainda no enclave de Oecusse-Ambeno, e contratar jornalistas e editores com mais conhecimentos de português, inglês e indonésio para aumentar o serviço nessas línguas.

Vicente Guterres, presidente do Conselho de Imprensa, disse à margem da cerimónia que a sua esperança é que a Tatoli se consolide como "uma agência noticiosa de qualidade, como voz deste país, de Timor-Leste", esperando que os novos responsáveis "tragam mais criatividade e mais capacidade de levar a Tatoli ao patamar desejável".

O responsável do CI admite a perceção do público de que a cobertura atualmente "está mais orientada para os governantes do que para o resto do país", situação que espera seja invertida.

"Esperamos que possa haver um balanço. Tem de fazer chegar ao publico o que o governo e parlamento estão a sair, responsabilizar os governantes. Mas também tem de mostrar Timor aos timorenses, dar voz a outros setores", disse.

"Os jornalistas acabam por transmitir mais comunicados e declarações dos governantes, não vão ao terreno, são jornalistas de pé de microfone em vez de irem falar com a população", disse.

A Tatoli, Agência de Notícias do Estado de Timor-Leste, nasceu em julho de 2016 como Antil e foi transformada em 2017 em instituto público.

Começando a operar com um grupo de sete jornalistas, a Tatoli tem hoje cerca de 42 funcionários, dos quais cerca de 30 jornalistas, que trabalham em novas instalações no bairro do Farol, em Díli.

Com uma crescente produção -- de cerca de 650 noticias por mês -, a Tatoli é o principal veículo de comunicação das notícias do Governo timorense, estando agora envolvida no processo de reforço em multiplataformas, incluindo serviços de streaming.

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