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Putin saudou prolongamento de acordo de armas nucleares New START

O Presidente russo, Vladimir Putin, saudou hoje o prolongamento do acordo New START, que limita os arsenais nucleares russos e norte-americanos, mas disse que a segurança global continua ameaçada.

Putin saudou prolongamento de acordo de armas nucleares New START
Notícias ao Minuto

12:45 - 27/01/21 por Lusa

Mundo Vladimir Putin

Numa intervenção por vídeo durante o Fórum Económico Mundial de Davos, Putin disse que o prolongamento do New START é "sem dúvida, um passo na direção certa", mas admitiu que a ordem mundial continua em risco de "se desenvolver de forma imprevisível e incontrolável".

O Presidente russo reconheceu que um novo conflito global marcaria o "fim da civilização", traçando um paralelo entre os desafios e ameaças que se multiplicam no mundo e os anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, nos anos 1930.

"A magnitude das ameaças (então e hoje) é comparável (...) e nada disso promove a estabilidade, a previsibilidade das relações internacionais", explicou Putin, reconhecendo que a pandemia de covid-19 acelerou as transformações sociais, económicas e políticas em curso, que, na sua perspetiva, alimentam "contradições" que podem desestabilizar a ordem mundial.

Na terça-feira, Putin conversou telefonicamente com o novo Presidente dos EUA, Joe Biden, e o Kremlin concluiu que não existem para já condições para reatar as relações entre os dois países, apesar do entendimento à volta do prolongamento do acordo de limitação de armas nucleares dos dois países.

"Não há condições para um recomeço, por enquanto", disse o porta-voz presidencial Dmitri Peskov, durante a conferência de imprensa diária do Kremlin.

Nesse telefonema, Putin comunicou a Biden a necessidade de normalizar as relações entre os Estados Unidos e a Rússia, não apenas no interesse de ambos os países, mas também no interesse da comunidade internacional, na versão da conversa relatada pela presidência russa.

Biden apresentou a Putin algumas das preocupações dos Estados Unidos sobre a Rússia, nomeadamente as recompensas russas aos talibãs no Afeganistão, o caso do envenenamento do líder da oposição Alexei Navalni e o tratamento de manifestantes pacíficos pelas forças de segurança russas.

Segundo Peskov, o Presidente russo deu as "explicações relevantes" sobre o caso Navalni, que se encontra em prisão preventiva, após ter sido detido no seu regresso da Alemanha, onde recuperou do envenenamento sofrido em agosto do ano passado.

No passado sábado, mais de 100.000 pessoas saíram à rua em várias cidades russas, exigindo a sua libertação e expressando a indignação pelos casos de corrupção atribuídos ao regime de Putin, tendo sido duramente reprimidas pelas forças de segurança, que fizeram mais de 3.500 detenções de cidadãos.

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