EUA suspendem sanções aos Houthis do Iémen
Os EUA suspenderam as sanções aos Houthis do Iémen, anunciou o governo do presidente Joe Biden, para reexaminar a sua classificação como grupo "terrorista", que é contestada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por organizações humanitárias.
© Reuters
Mundo Iémen
Em documento oficial, o Departamento do Tesouro declarou que todas as transações com esta milícia estão autorizadas até 26 de fevereiro.
Esta decisão não permite contudo desbloquear fundos que tivessem sido congelados antes da sua entrada em vigor.
O antigo chefe da diplomacia, Mike Pompeo, anunciou nos últimos dias do mandato de Trump a inscrição dos Houthis na lista negra de organizações "terroristas". Esta medida entrou em vigor na semana passada, na véspera da tomada de posse de Joe Biden como presidente dos EUA.
A decisão implica sanções contra toda e qualquer pessoa ou entidade que realize transações com os Houthis.
A ONU e várias organizações internacionais denunciaram esta medida, estimando que poderia bloquear o encaminhamento de ajuda nas zonas sob o controlo desta milícia.
O futuro secretário de Estado, Antony Blinken, nomeado por Joe Biden, comprometeu-se na semana passada a "reexaminar imediatamente" a classificação como "organização terrorista", para que "não seja entravado o encaminhamento da ajuda humanitária".
As organizações humanitárias asseguram que não têm outra escolha que não lidar com os Houthis para atingir a população dos territórios que controlam, incluindo a capital, Sanaa.
O conflito no Iémen opõe desde há seis anos os Houthis, apoiados pelo Irão, às forças leais ao governo, apoiado desde 2015 por uma coligação militar dirigida pela Arábia Saudita.
Durante o governo de Donald Trump, os EUA apoiaram a coligação saudita, o que Biden tenciona terminar.
A ONU já considerou que esta guerra é a pior crise humanitária em curso no mundo, ao provocar dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocados.
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