UE condena ataque com mísseis ao governo de unidade nacional do Iémen
A União Europeia (UE) condenou o ataque com mísseis, ocorrido na quarta-feira, contra o recém-formado Governo de unidade nacional do Iémen, durante a sua chegada ao aeroporto de Aden, no sul do país.
© Reuters
Mundo Iémen
O ataque provocou pelo menos 25 mortos e 110 feridos, de acordo com a última atualização das autoridades locais.
"É um ato de violência inaceitável num momento chave para a implementação dos acordos de Riade para uma solução política completa", afirmou, em comunicado, um porta-voz do alto representante comunitário para a Política Externa, Josep Borrell.
Este ataque, acrescentou, "não deve desanimar" as partes em conflito a trabalhar com o enviado especial das Nações Unidas, Martin Griffiths, para alcançar um acordo de cessar-fogo em todo o país e retomar as negociações políticas.
A UE reiterou que "o conflito do Iémen só pode ter uma solução política" e que está "fortemente comprometida com a soberania, independência, estabilidade e integridade territorial" do país, além de que continuará a "apoiar todos os esforços para uma solução pacífica".
Nesse sentido, desejou "força" ao novo Governo de unidade para enfrentar as "difíceis tarefas que tem pela frente".
O executivo internacionalmente reconhecido do Iémen, cujos membros escaparam ilesos ao ataque de quatro mísseis balísticos, atribuiu a autoria dos ataques aos rebeldes Huthi, com os quais estão em guerra desde o final de 2014.
Além disso, demarcou-se da agressão ao solidarizar-se com as vítimas e condenar o que denominou como "fações mercenárias".
O Governo internacionalmente reconhecido do Iémen exerceu, durante anos de guerra civil no país, num exílio autoimposto na capital saudita.
O Presidente do Iémen, Abed Rabbo Mansour Hadi, também exilado na Arábia Saudita, anunciou uma remodelação do Governo no início deste mês.
O país, pobre e devastado pelos conflitos, formou novo Governo de unidade entre ministros pró-poder e separatistas em 18 de dezembro, sob a égide da Arábia Saudita.
Os dois lados, que disputavam o poder no sul, são, no entanto, aliados contra os rebeldes Huthi, apoiados pelo Irão, que tomaram grande parte do norte do país, incluindo a capital Sanaa.
Profundas divisões no campo anti-Huthi surgiram nos últimos anos entre apoiantes do Governo e separatistas do sul, que os acusam de corrupção e conivência com os islâmicos.
A Arábia Saudita intermediou um acordo para partilha do poder no sul e tem tentando, há mais de um ano, formar um novo Governo de unidade para manter a coligação unida contra os Huthis, que se têm aproximado de Marib, o último reduto do Governo do norte.
A guerra no Iémen mergulhou o país, o mais pobre da Península Arábica, na pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, com quase toda a população à beira da fome e ameaçada por epidemias.
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