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África do Sul declara uso obrigatório de máscara para conter casos

O Presidente Cyril Ramaphosa declarou o uso obrigatório de máscara e um confinamento restrito de três semanas para conter uma vaga "alarmante" de novas infeções do novo coronavírus no país.

África do Sul declara uso obrigatório de máscara para conter casos
Notícias ao Minuto

19:50 - 28/12/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"Cerca de 50.000 novos casos foram reportados desde a noite de Natal, nas províncias do KwaZulu-Natal, Gauteng e no Cabo Oriental e as infeções estão igualmente a aumentar a um ritmo alarmante no Limpopo", adiantou Cyril Ramaphosa, numa comunicação feita esta noite ao país.

Nesse sentido, o chefe de Estado sul-africano anunciou novas medidas de confinamento para conter a pandemia do novo coronavírus, salientando que a nova variante 501.V2 "parece mais contagiosa" e está "bem implantada no país".

Na sua comunicação ao país, Ramaphosa mostrou-se dececionado com a "falta de observação" das medidas de confinamento decretadas pelo Governo, referindo que "os sul-africanos foram irresponsáveis ao ignorarem as regras de confinamento contra a covid-19".

Ramaphosa destacou o consumo de álcool e os ajuntamentos sociais em massa como sendo os principais fatores de risco e contágio nesta segunda vaga da pandemia no país.

"Os casos de trauma estão a aumentar nos hospitais devido ao consumo de álcool", frisou.

De acordo com Ramaphosa, a pandemia do novo coronavírus infetou 4.630 funcionários da saúde desde dezembro, elevando para 41.000 o número de funcionários infetados desde o início da pandemia no sistema nacional de saúde da África do Sul.

"O sistema nacional de saúde chegou ao ponto de quase rutura", adiantou Ramaphosa.

O chefe de Estado sul-africano declarou a entrada imediata de nível 1 de confinamento para nível 3 'ajustado', a partir das 00:00 de terça-feira, até 15 de janeiro de 2021, data em que o Governo voltará a avaliar a situação de contágio da pandemia da covid-19 no país, frisou.

Entre as novas medidas de confinamento, o Presidente sul-africano, anunciou novo recolher obrigatório entre as 21:00 locais (19:00 de Lisboa) e as 06:00 (04:00 da Lisboa), e o uso obrigatório de máscara em espaços públicos na África do Sul.

O chefe de Estado sul-africano referiu que o não uso de máscara será considerado "um crime", acarretando pena de prisão até seis meses e coimas, que não especificou.

Ramaphosa adiantou também que bares e restaurantes passam a encerrar às 20:00 locais, acrescentando que os ajuntamentos sociais são proibidos a partir da meia noite no país.

A venda e distribuição de álcool passa a ser proibida na África do Sul, assim como o seu consumo em espaços públicos, adiantou o Presidente sul-africano.

"As medidas permitem manter a economia em funcionamento enquanto se tenta conter a pandemia do coronavírus", frisou.

No seu discurso, o Presidente da África do Sul declarou também novas áreas de covid-19 em quase todas as províncias do país.

"O acesso a praias, piscinas municipais, represas e lagos em áreas declaradas de covid-19, é também proibido", referiu.

Rapamahosa disse ainda que a África do Sul será um dos primeiros países a receber a vacina Covex no segundo trimestre de 2021, estando o Governo em negociações bilaterais com outros fornecedores para garantir o acesso a mais de 10% da população.

A África do Sul ultrapassou no domingo um milhão de casos positivos cumulativos de infeção, elevando para 1.004.413 o total de casos positivos de covid-19 reportados, disse o ministro da Saúde, Zweli Mkhize.

O país, que tem o maior número de infeções no continente africano, reportou 800.000 infeções pelo novo coronavírus no início de dezembro, segundo as autoridades da saúde sul-africanas.

Vários hospitais e centros de saúde dizem estar superlotados para lidar com o fluxo de pacientes devido à segunda vaga da pandemia, noticiou o canal público SABC.

"A situação nos hospitais é dramática e preocupante, as enfermarias e as unidades de cuidados intensivos estão repletos de pacientes com covid-19, há muitas pessoas a morrer", sublinhou o médico Imtiaz Sooliman, da organização não-governamental sul-africana 'Gift of the Givers'.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.765.049 mortos resultantes de mais de 80,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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