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'As chamas da infelicidade'. Esta é a arrepiante foto do ano da UNICEF

A imagem de crianças refugiadas a fugirem das chamas do incêndio que devastou em setembro passado o campo de Moria, na ilha grega de Lesbos, foi a escolhida pela UNICEF para ser a fotografia do ano, foi hoje divulgado.

'As chamas da infelicidade'. Esta é a arrepiante foto do ano da UNICEF
Notícias ao Minuto

16:23 - 22/12/20 por Lusa

Mundo Refugiados

Sob o título 'As chamas da infelicidade', a imagem captada pelo repórter fotográfico grego Angelos Tzortzinis mostra, em primeiro plano, duas crianças, uma delas transporta a outra (mais pequena) ao colo, que estão a fugir do sobrelotado campo de Moria, que em 09 de setembro deste ano foi atingido por um violento incêndio que deixou 13 mil pessoas, incluindo 4.000 menores, sem abrigo.

Segundo a delegação alemã do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que é responsável pela promoção deste concurso, a imagem vencedora "é um momento parado no tempo que capta a coragem e a incredulidade das crianças" e a respetiva "vontade de ajudar os outros perante uma grande adversidade".

"Entre as muitas fotografias deste inferno, as imagens mais impressionantes do sofrimento das crianças foram tiradas por Angelos Tzortzinis. Imagens de crianças com máscaras respiratórias, caminhando de mãos dadas através de nuvens de fumo. Imagens de momentos de choque e de colapso, de horror e de choro", descreveu a UNICEF na sua página eletrónica em que é possível ver a fotografia escolhida.

Para Elbe Büdenbender, primeira-dama alemã e patrona da UNICEF Alemanha, "a fotografia do ano UNICEF 2020 é um apelo poderoso dirigido a todos" e "fala de um drama que está próximo".

"A imagem confronta-nos com o nosso dever humano: como europeus, devemos encontrar uma resposta, também para os filhos de Moria. Juntos, podemos fazer mais para trazer esperança também às suas vidas", reforçou Elbe Büdenbender.

De acordo com as estimativas da ONU, existem atualmente cerca de 79,5 milhões de refugiados em todo o mundo, dos quais cerca de 32 milhões são crianças e adolescentes.

O segundo lugar do concurso foi atribuído ao fotógrafo indiano Supratim Bhattacharjee por uma série de imagens sobre crianças que trabalham em grandes zonas mineiras na Ásia.

Imagens captadas pelo fotógrafo alemão-brasileiro Evgeny Makarov numa escola de ballet para crianças numa favela no Rio de Janeiro, que está inserida num programa de combate à violência e ao consumo e ao tráfico de drogas, foram distinguidas com o terceiro lugar.

Os dois trabalhos "também captaram estórias de crianças em circunstâncias extraordinárias e angustiantes", destacou a agência da ONU.

Menções honrosas foram atribuídas a trabalhos realizados no Irão, Itália, Síria, Rússia e no Bangladesh.

"O ano de 2020 atraiu um aumento de desastres para muitas crianças em todo o mundo", referiu a UNICEF Alemanha.

"As imagens apresentadas este ano mostram o que significa fugir de um campo de refugiados, sofrer a ameaça da pandemia do novo coronavírus quando já se vive em condições terríveis ou estar devastado fisicamente e mentalmente pelo trabalho infantil. A mensagem é clara: vamos ajudar as crianças!", concluiu a organização.

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