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França: ONU condena ataques e pede que líderes denunciem discurso de ódio

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou hoje o ataque de quinta-feira em Nice e o assassínio do professor Samuel Paty, pedindo aos líderes políticos e religiosos que denunciem "rapidamente" o discurso de ódio.

França: ONU condena ataques e pede que líderes denunciem discurso de ódio
Notícias ao Minuto

11:26 - 30/10/20 por Lusa

Mundo França/Ataque

"Condeno veementemente os hediondos assassínios de três seres humanos inocentes - incluindo duas mulheres - que ocorreram em Nice ontem (quinta-feira), bem como o horrível assassínio do (professor de francês) Samuel Paty há duas semanas", disse Michelle Bachelet num e-mail enviado à agência de notícias AFP.

"Os líderes políticos e religiosos, assim como os media, não devem apenas evitar incitar a violência, hostilidade ou discriminação, mas também se devem expressar firmemente e rapidamente contra o discurso de ódio", referiu a alta comissária.

Michelle Bachelet também pediu aos líderes que "deixem bem claro que a violência não pode ser justificada por uma provocação prévia".

O ataque em Nice, no sudeste da França, no qual três pessoas foram esfaqueadas até a morte numa igreja na quinta-feira por um tunisino, ocorreu quase duas semanas depois do assassínio de um professor na região de Paris, Samuel Paty, decapitado por um russo-checheno depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.

Nos últimos dias têm-se multiplicado reações do mundo muçulmano contra a França e o seu Presidente, depois de Emmanuel Macron ter declarado que continuaria a defender a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas, durante uma homenagem nacional ao professor.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi um dos primeiros a criticar fortemente o Presidente francês, seguido posteriormente por várias lideranças de países maioritariamente muçulmanos.

Hoje, o Governo indonésio acusou hoje o Presidente francês de desrespeitar o Islão ao defender as caricaturas de Maomé, um dia depois de condenar o ataque 'jihadista' na cidade francesa de Nice.

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