Esperou 512 dias detido por julgamento que nunca chegou
Efoagui nunca tinha tido problemas com a lei até ser detido em 2016, no estado de Georgia.
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Mundo EUA
Da sua cela, Chinedu Efoagui enviou uma nota ao advogado: "Eu sou inocente".
Nascido na Nigéria, Efoagui foi considerado um estudante de excelência pelo Ministério da Educação. Tirou um mestrado em Ciências da Computação e conseguiu um visto para os Estados Unidos, onde trabalhou como programador. "Foi um sonho tornado realidade", diz a irmã, em declarações à Reuters.
Efoagui nunca tinha tido problemas com a lei até ser detido em 2016, no estado de Georgia, nos Estados Unidos, após um confronto bizarro com a polícia.
Foi enviado para o Centro de Detenção de Adultos do Condado de Cobb, em Marietta, para aguardar julgamento. Dias transformaram-se em meses, e meses em anos. Começou a ficar desanimado e a queixar-se de fortes dores no peito e nas pernas. “Temo pela minha vida”, escreveu ao advogado.
Na última carta, escrita após mais de 16 meses a aguardar pelo tão esperado julgamento, perguntou quando podia voltar a ser livre, mas esse dia nunca chegou. Após 512 dias atrás das grades, Efoagui morreu devido a uma embolia pulmonar.
A sua morte, em 2017, é uma das mais de 300 documentadas pela Reuters desde 2008, em que os detidos morrem após definharem em prisões locais sem sequer terem chegado a ir a tribunal.
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