Merkel elogia esforço da China para a neutralidade carbónica
A chanceler alemã, Angela Merkel, saudou hoje as intenções da China de se tornar um país neutro em emissões de carbono, até 2060, contrastando com o fracasso dos EUA em cumprir as metas do acordo de Paris.
© Reuters
Mundo Angela Merkel
Num discurso perante o Parlamento alemão, Merkel enfatizou a importância do anuncio feito pelo Presidente chinês, Xi Jinping, na passada semana, de que o seu país vai fazer uma aposta relevante para atingir a neutralidade carbónica, até 2060, elogiando esse esforço e dizendo que também a Europa e os Estados Unidos se devem empenhar nesse objetivo.
"Penso que é evidente que precisamos de trabalhar com a China no que diz respeito à proteção do clima", disse a chanceler, comparando a estratégia de Pequim com a dos Estados Unidos, embora sem referir o nome do país governado pelo Presidente Donald Trump.
"Ao contrário de outros grandes emissores, é encorajador que a China defenda o acordo climático de Paris", disse Merkel.
A chanceler disse que a meta estabelecida por Pequim deve ser vista à luz do desenvolvimento económico que a China ainda tem pela frente, em comparação com outras nações industrializadas.
"Este é um objetivo muito ambicioso que nos deve estimular na Europa a cumprir as nossas metas", concluiu Merkel.
A União Europeia propôs recentemente aumentar a sua meta de redução dos gases de efeito estufa que aquecem o planeta para pelo menos 55%, até 2030, em comparação com os níveis de 1990.
Contudo, alguns membros do bloco de 27 países - particularmente no leste, muito dependente do carvão, como a Polónia -- têm mostrado reservas sobre este objetivo.
"A política climática internacional está a ganhar impulso e talvez estejamos num ponto de viragem crucial para o futuro do planeta", disse, por sua vez a ministra alemã do Ambiente, Svenja Schulze, antes de uma reunião com os seus homólogos europeus, em Berlim.
Questionada sobre se a Europa não deveria estar a colocar metas mais ambiciosas, como sugerido pela comunidade científica, Schulze respondeu que a atual proposta prevê uma revisão a cada cinco anos.
"O que é importante para mim, agora, é que cheguemos a um acordo", concluiu a ministra do Ambiente.
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