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AG da ONU com apelos à cooperação e multilateralismo no debate geral

A Assembleia Geral das Nações Unidas inaugura hoje o debate geral em espírito de apelo à cooperação internacional e reforço de parcerias, mas com os EUA a pedir novas sanções ao Irão à revelia da ONU.

AG da ONU com apelos à cooperação e multilateralismo no debate geral
Notícias ao Minuto

06:02 - 22/09/20 por Lusa

Mundo ONU

No ano em que a ONU celebra 75 anos, a Assembleia Geral reúne com a pandemia de covid-19 como pano de fundo - que impediu a presença de todos os participantes, levando-a para o formato de videoconferências - e a servir de pretexto para vários líderes mundiais apelarem para uma nova era de cooperação e multilateralismo.

O secretário-geral das Nações Unidas apelou segunda-feira no discurso das comemorações dos 75 anos da ONU ao reforço da cooperação entre os Estados sem que isso suplante a soberania dos governos.

"Ninguém quer um Governo global, mas temos de trabalhar juntos para melhorar a governança mundial", afirmou Guterres aos líderes internacionais, sublinhando que a soberania nacional é um "pilar" da ONU, pelo que o caminho a seguir é o de uma "cooperação internacional reforçada".

Contudo, depois de as sanções contra o Irão decretadas pelas Nações Unidas por causa do incumprimento do acordo nuclear terem expirado, no domingo, os Estados Unidos pediram, na segunda-feira, à França e à Alemanha para acolherem uma nova vaga de punições, apesar da ONU ter dito que essa medida não pode ser tomada por Washington.

O Presidente chinês, Xi Jinping, aproveitou para enviar uma mensagem aos EUA, dizendo que o "unilateralismo é um beco sem saída" e disse que "nenhum país tem o direito de dominar os negócios globais".

Xi Jinping voltará a falar hoje, num discurso mais abrangente, mas onde se esperam novas críticas à política de Washington, que terá como seu porta-voz o Presidente Donald Trump, que decidiu não intervir na segunda-feira e cuja presença, mesmo virtual, é sempre aguardada com expectativa e incerteza.

Outra intervenção que será ouvida com atenção é a do Presidente russo, Vladimir Putin, que raras vezes fala perante as Nações Unidas, mas que este ano decidiu intervir, num momento de tensão entre os EUA e a Rússia, sobre questões económicas e militares.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, não poderá aproveitar a tradicional presença de dezenas dos mais relevantes líderes mundiais nesta Assembleia Geral da organização que reúne 193 membros, para reuniões bilaterais, por causa da pandemia, o que ele já lamentou, lembrando que "a diplomacia, para ser eficaz, precisa de contacto pessoal".

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