Turquia reitera apoio militar ao Governo líbio reconhecido pela ONU
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reiterou junto do primeiro-ministro do Governo líbio reconhecido pela ONU o apoio militar de Ancara no conflito armado.
© Reuters
Mundo Líbia
De acordo com uma notícia publicada hoje no jornal turco Hurriyet, Erdogan e o primeiro-ministro do Governo de Tripoli, Fayez al Serraj reuniram-se domingo na capital da Turquia.
Durante os contactos de domingo, Erdogan enfatizou a cooperação com Tripoli que contempla "a defesa dos direitos turcos e líbios no Mediterrâneo", referindo-se diretamente ao acordo que delimita as Zonas Económicas Especiais (ZEE) marítimas de ambos os países e que foi assinado em novembro de 2019.
Segundo a Turquia, o tratado legitima as atividades de Ancara na exploração de hidrocarbonetos no alto mar, incluindo uma área charneira da ZEE que é reclamada pela Grécia.
No mesmo encontro, o chefe de Estado turco assegurou igualmente que a "prioridade" de Ancara é restaurar a estabilidade na Líbia "sem demoraras" para preservar a "unidade política e a integridade territorial do país".
A Turquia mantém um contingente militar na Líbia desde janeiro, em apoio ao Governo chefiado por Serraj, reconhecido pelas Nações Unidas e pela União Europeia, no combate contra as milícias do general Khalifa Haftar, que domina grandes áreas de território, sobretudo na zona oriental do país.
Ancara não se pronunciou sobre o cessar-fogo anunciado no passado dia 21 de agosto por Fayez al Serraj e pelo Parlamento com sede em Tobruk, que apoia Haftar.
A Turquia não comentou também a crise política em Tripoli que levou à recente destituição do ministro do Interior, Fathi Bashagha.
Desde a queda do regime de Muammar Khadafi, em 2011, a Líbia está minada por divisões e lutas por influência, sendo agora governado por duas entidades rivais: o Governo de Acordo Nacional (GAN), com sede em Trípoli e reconhecido pela ONU, e um poder personificado por Khalifa Haftar, o homem forte do leste da Líbia.
Sarraj conta com a ajuda da Turquia e Haftar com o apoio da Rússia e do Egito.
Em 21 de agosto, as duas autoridades anunciaram o fim das hostilidades e a organização das próximas eleições no país, uma iniciativa saudada pela ONU e por vários países árabes e ocidentais.
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