Nyusi condena ataque ao Canal de Moçambique
O Presidente moçambicano condenou hoje o ataque que destruiu as instalações da redação do jornal Canal de Moçambique na noite deste domingo, avançando que as autoridades foram instruídas para investigar e trazer os autores à "barra da justiça".
© Lusa
Mundo Moçambique
"Condeno veementemente os ataques ao Canal de Moçambique. A Liberdade de Imprensa é um pilar da democracia e conquista dos moçambicanos que deve ser protegida", disse o chefe de Estado moçambicano, numa breve nota divulgada hoje na sua página do Facebook.
A redação do semanário Canal de Moçambique, localizada no centro de Maputo, ficou destruída, após desconhecidos terem ateado fogo na noite de domingo.
No interior da redação, cujas portas foram arrombadas, é possível ainda encontrar pequenos recipientes com combustível, o que mostra que o fogo terá sido posto por desconhecidos.
Na sua nota, Filipe Nyusi acrescenta que instruiu as autoridades para que investiguem e responsabilizem os autores do ataque.
"Instruímos as autoridades a investigar e trazer os perpetradores à barra da justiça", declarou o chefe de Estado moçambicano.
Várias figuras estiveram na porta das instalações do semanário hoje em solidariedade para com o órgão.
O caso foi remetido à 6.ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) da Cidade de Maputo, aguardando-se que as autoridades apurem as circunstâncias e os autores do fogo posto.
O jornal Canal de Moçambique é um dos principais semanários do país e tem-se destacado por trabalhar em matérias como corrupção e governação.
O jornal já foi várias vezes alvo de processos judiciais por alegada calúnia e o seu diretor-executivo, Matias Guente, foi recentemente intimado pela Procuradoria-Geral da República para responder a perguntas sobre textos que o semanário escreveu envolvendo contratos na área de segurança entre o Governo e as multinacionais petrolíferas que operam na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
No final do último ano, Matias Guente escapou a uma tentativa de rapto em Maputo, um episódio também ainda por ser esclarecido e que gerou repúdio por parte de várias entidades moçambicanas e internacionais, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia.
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