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ONU pede investigação a incidentes em manifestação em Tripoli

A ONU pediu hoje ao Governo de Unidade Nacional da Líbia uma "investigação imediata" aos incidentes que eclodiram durante uma manifestação em Tropoli, no domingo, causando vários feridos, de acordo com um comunicado da missão da organização no país.

ONU pede investigação a incidentes em manifestação em Tripoli
Notícias ao Minuto

15:27 - 24/08/20 por Lusa

Mundo Tripoli

A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (Manul) "pede uma investigação imediata e completa sobre o uso excessivo de força pelo pessoal de segurança" em Tripoli, "onde vários manifestantes ficaram feridos", pode ler-se na nota, que não precisa o número de vítimas.

Na noite de domingo, centenas de líbios expressaram a sua indignação com a deterioração das condições de vida e a corrupção no país, afetado há vários anos por conflitos, antes de serem dispersos pela polícia que disparou para o ar.

"Saímos da Praça [dos Mártires, no centro da capital] porque as forças de segurança começaram a disparar para o ar", relatou no domingo à agência francesa France-Presse Ayman al-Wafi, um manifestante no local.

Vídeos e fotos que circulam nas redes sociais mostram homens em uniformes militares de armas apontadas para os manifestantes numa das avenidas da capital.

Para o ministro do Interior do Governo de Unidade Nacional (GNA), Fathi Bashagha, trata-se de "bandidos que se infiltraram nas forças da ordem" responsáveis por supervisionar e proteger a manifestação.

O Ministério do Interior afirmou no domingo, em comunicado, ter organizado a segurança da manifestação e indicou que os responsáveis pela violência, "que não pertencem à polícia", seriam presos.

"Estas manifestações são motivadas por frustrações ligadas às más condições de vida, falta de eletricidade e falta de serviços em todo o país. É mais do que tempo de os líderes líbios colocarem de lado as suas diferenças", apontou a missão da ONU, que reiterou o apelo à retomada de um diálogo político "totalmente inclusivo".

Desde a queda do regime de Muammar Khadafi, em 2011, o país está minado por divisões e lutas por influência, sendo agora governado por duas entidades rivais: o GNA, com sede em Trípoli e reconhecido pela ONU, e um poder personificado por Khalifa Haftar, o homem forte do leste da Líbia.

Na sexta-feira, essas duas autoridades anunciaram o fim das hostilidades e a organização das próximas eleições no país. Esses anúncios têm despertado esperança e desconfiança devido aos precedentes no país, onde atores estrangeiros estão diretamente envolvidos.

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