Israel: Irão alerta Abu Dhabi para "consequências perigosas"
A Guarda Revolucionária Iraniana alertou hoje Abu Dhabi para as "consequências perigosas" da decisão dos Emirados Árabes Unidos de assinar um histórico acordo com Israel para normalizar as relações diplomáticas.
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Mundo Israel
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são o primeiro estado do Golfo árabe a tomar esta posição e a terceira nação árabe a estabelecer relações com Israel.
Para a Guarda Revolucionária, o acordo é uma "vergonha" e uma "ação do diabo" que foi subscrita pelos Estados Unidos, refere a agência de notícias Associated Press (AP).
A guarda alertou que o acordo com Israel vai diminuir a influência americana no Médio Oriente e trazer um "futuro perigoso" para o governo dos Emirados.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, também condenou a ação dos EAU, afirmando que cometeram "um grande erro", cita a AP.
Rohani alertou ainda o Estado do Golfo contra permitir que Israel tenha um "ponto de apoio na região".
Um jornal ultraconservador iraniano avisou mesmo que o acordo com Israel transformou os EAU num "alvo legítimo" para as forças pró-Teerão.
"Se [esta ação dos Emirados] só tiver um resultado, será fazer desse pequeno paós fortemente dependente da segurança um alvo legítimo para a resistência", pode ler-se num artigo publicado no diário Kayhan.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão criticou o acordo, considerando tratar-se de uma traição aos árabes e a outros países da região.
Na quinta-feira, o presidente Donald Trump anunciou que os Emirados Árabes Unidos e Israel tinham concordado em estabelecer relações diplomáticas plenas como parte de um acordo para interromper a anexação de terras ocupadas.
Os Emirados Árabes Unidos apresentaram a sua decisão como uma forma de encorajar os esforços de paz e retirar o plano de anexação planeada por Israel de partes da Cisjordânia ocupada.
No entanto, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, veio dizer que a suspensão da anexação era apenas "temporária".
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