Reino Unido intensifica controlo da travessia do Canal da Mancha
O governo britânico nomeou um ex-oficial da Marinha Real para comandar as operações de fiscalização das águas do Canal da Mancha, após um aumento das travessias com pequenas embarcações com ilegais a bordo a partir de França.
© Reuters
Mundo Migrações
O ministro do Interior britânico, Priti Patel, adiantou que Dan O'Mahoney, atual comandante do Centro Conjunto de Segurança Marítima do Reino Unido, foi nomeado para a chefia do "Comando da Ameaça Clandestina do Canal" da Mancha.
Patel referiu que O'Mahoney vai trabalhar com as autoridades francesas no reforço das medidas de fiscalização, que incluem, entre outras, a interceção de barcos no mar, para tornar a rota inviável".
O Governo conservador britânico tem adotado um discurso duro sobre o aumento do número de migrantes que atravessam o Canal da Mancha desde o início do verão.
Quinta-feira, 235 pessoas foram resgatadas e trazidas para a zona costeira britânica, elevando para mais de 650 os que chegaram ao Reino Unido nos oito primeiros dias deste mês, incluindo bebés e crianças desacompanhadas.
O ministro do Interior britânico avisou, por outro lado, que a Marinha Real pode ser chamada a intervir para evitar que as pequenas embarcações cheguem às águas territoriais do Reino Unido, embora outros altos funcionários do exército e mesmo alguns políticos defendam que tal apoio seria "impraticável e potencialmente perigoso".
Sábado, o Ministério da Defesa britânico disse ter recebido um pedido do Governo de Boris Johnson para "apoiar as operações de defesa das fronteiras" do Reino Unido e que estava a analisar a melhor forma de operacionalizar a ordem.
A imigração clandestina desde o norte de França para o Reino Unido não é de agora, quer por mar quer através do túnel sob o canal, em comboios ou em pesados de mercadorias.
Alguns dos migrantes viraram-se agora para as pequenas embarcações, "viagens" promovidas pelos traficantes devido a um maior controlo das fronteiras por causa da pandemia de covid-19.
O bom tempo de verão tem ajudado a diminuir o risco da travessia do canal da Mancha, uma das rotas marítimas mais frequentadas do mundo -- o ponto mais estreito entre as costas francesa e britânica tem 32 quilómetros.
Ao longo da próxima semana, os ministros do Interior e da Imigração dos dois países vão reunir-se para analisar a questão.
Várias associações de defesa dos direitos humanos têm criticado a dura retórica das autoridades britânicas e acusam responsáveis do Governo de Londres de tentarem responsabilizar a França pelo aumento do número de travessias do canal em pequenos barcos.
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