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Políticos catalães pedem empenhamento à ONU sobre atos de espionagem

O presidente do Parlamento da Região Autónoma espanhola da Catalunha, Roger Torrent e o dirigente independentista Ernest Maragall alertaram organismos internacionais, como a ONU, sobre o recente caso de espionagem noticiado pelos jornais El Pais e Guardian.

Políticos catalães pedem empenhamento à ONU sobre atos de espionagem
Notícias ao Minuto

11:53 - 27/07/20 por Lusa

Mundo Espionagem

Torrent e Ernest Maragall, dirigente da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), enviaram cartas, cujo conteúdo foi hoje revelado, sobre o assunto às Nações Unidas, Conselho da Europa e Amnistia Internacional.

Os dois políticos catalães explicam que foram espiados entre abril e maio de 2019 através de um programa de computador fabricado em Israel e que só pode ser adquirido por governos.

"A espionagem a cidadãos e representantes políticos constitui uma agressão inaceitável aos direitos fundamentais", referem nas mensagens.

"O facto de instituições do Estado espanhol 'passarem por cima' destes acontecimentos sem que sejam adotadas medidas oportunas obriga-nos a tomar todas as medidas ao nosso alcance para impedir que este tipo de práticas continuem impunes", afirmam no texto enviado aos organismos internacionais. 

O presidente do Parlamento regional diz mesmo, dirigindo-se à Comissária do Conselho da Europa, Dunja Mijatovi, que ela também pode ter sido "alvo de espionagem" porque ambos estiveram presentes numa mesma reunião em Estrasburgo no dia 14 de maio de 2019, período em que foram detetados os atos de vigilância por telemóvel.

Este mês uma organização não-governamental canadiana confirmou através de notícias publicadas no jornal espanhol El Pais e no britânico Guardian que mais de mil pessoas foram alvo do programa Pegasus, entre os quais os políticos separatistas catalães.

Os programas de computador fabricados em Israel só podem ser legalmente adquiridos por Estados, sobretudo para ações de vigilância contra terrorismo e crime organizado.

Anteriormente, a Amnistia Internacional denunciou o "uso ilegal" do programa Pegasus em países como o México, Marrocos, Arábia Saudita, contra jornalistas, ativistas e políticos.

Na altura em que foram publicadas as notícias sobre o uso do Pegasus para intercetar mensagens através da aplicação para telemóveis WhatsApp, o Estado espanhol negou ter exercido vigilância sobre os políticos catalães. 

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