Harvey Weinstein, de 72 anos, apresentou-se hoje no Supremo Tribunal de Nova Iorque, onde ficou a saber que o julgamento por crimes sexuais será repetido em setembro, em data a anunciar.
O juiz Curtis Farber afirmou que o julgamento terá início "em algum momento depois do Dia do Trabalhador [que se assinala a 2 de setembro nos Estados Unidos]" e que Weinstein deve permanecer em prisão preventiva.
Harvey Weinstein cumpre uma pena de 23 anos numa prisão de Nova Iorque, depois de ter sido condenado em 2020 por crimes de abuso sexual a uma assistente de produção de televisão e cinema, em 2006, e violação em terceiro grau a uma aspirante a atriz, em 2013.
No passado dia 25, o Tribunal de Recurso de Nova Iorque anulou a condenação do Harvey Weinstein, ao concluir que o juiz do julgamento prejudicou o ex-magnata do cinema com decisões impróprias "flagrantes".
O mesmo juiz justificou ainda a anulação da condenação com a anterior decisão de permitir que mulheres testemunhassem sobre alegações que não faziam parte do caso.
"Concluímos que o tribunal de primeira instância admitiu erroneamente depoimentos de supostos atos sexuais anteriores, não acusados, contra pessoas que não os denunciantes dos crimes subjacentes", referiu-se na decisão.
"A solução para esses erros flagrantes é um novo julgamento", lê-se.
A decisão do Tribunal de Recurso do estado nova-iorquino reabre um capítulo nos Estados Unidos da América (EUA) relativamente à conduta sexual criminal e abusiva por parte de figuras poderosas.
Um período iniciado em 2017, com uma corrente de acusações contra Weinstein. As vítimas poderão, agora, ser forçadas novamente a recontar as suas histórias no banco das testemunhas.
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