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Países preocupados com milhares de tripulantes retidos em alto-mar

Vários países alertaram esta semana que milhares de tripulantes marítimos estão atualmente retidos em alto-mar por causa da pandemia da covid-19, apelando para uma maior flexibilização das regras para permitir a mobilidade destes trabalhadores, foi hoje divulgado.

Países preocupados com milhares de tripulantes retidos em alto-mar
Notícias ao Minuto

19:20 - 10/07/20 por Lusa

Mundo Covid-19

O alerta foi feito por um grupo de 13 países, entre os quais constam o Reino Unido e a França, que emitiram uma declaração durante uma cimeira marítima internacional dedicada à atual situação das tripulações, que decorreu esta semana por videoconferência.

Na declaração, a que a agência France-Presse (AFP) teve hoje acesso, o grupo "encoraja" os 174 Estados-membros da Organização Marítima Internacional (OMI) a "considerarem os tripulantes marítimos como 'trabalhadores-chave' que prestam um serviço essencial", de forma a obter uma derrogação das regras estabelecidas que, segundo estes 13 países, estão a travar o comércio mundial.

"Face à pandemia da covid-19, as substituições de tripulações têm sido muito difíceis de organizar há mais de três meses, devido a diversos constrangimentos: encerramento de fronteiras, dificuldades na obtenção de vistos, uma redução significativa no número de voos comerciais ou o estabelecimento de períodos de quarentena", afirmou a representação francesa junto da OMI.

Desde março passado, a indústria mundial do transporte marítimo estima que apenas 25% das substituições de tripulações planeadas foram realizadas.

"Pelo menos 200 mil tripulantes marítimos devem ser repatriados imediatamente, muitos dos quais deveriam estar em casa há muito tempo", acrescentaram os 13 países signatários da declaração.

Para possibilitar a mobilidade dos tripulantes e conseguir assim aliviar a carga laboral das equipas, os países propuseram, entre outras medidas, "a autorização para isenção de quarentena ou de outras restrições semelhantes" ou "derrogações, isenções ou outro tipo de flexibilização das regras para a obtenção de vistos ou de outros documentos geralmente solicitados" a estes trabalhadores.

A par do Reino Unido e de França, a declaração foi subscrita pela Dinamarca, Alemanha, Grécia, Indonésia, Países Baixos, Noruega, Filipinas, Arábia Saudita, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.

Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou 555 mil mortos e infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço mais recente feito pela AFP.

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