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Moçambique. Recebidos em Nampula mais de 5 mil deslocados de Cabo Delgado

As autoridades moçambicanas na província de Nampula contabilizam mais de cinco mil deslocados que fogem da violência armada em Cabo Delgado, no norte do país, anunciou hoje fonte oficial.

Moçambique. Recebidos em Nampula mais de 5 mil deslocados de Cabo Delgado
Notícias ao Minuto

21:21 - 19/06/20 por Lusa

Mundo Moçambique/Ataques

Do total de 5.067 pessoas deslocadas, que estão em sete distritos da província de Nampula, quase metade (2.284) são crianças e, dos restantes, a maioria são mulheres, disse hoje Alberto Armando, delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Nampula.

"[Grande parte] dos homens veio para aqui para deixar as suas mulheres e filhos, e voltou para Cabo Delgado, alegando que tem de cuidar de alguns bens", acrescentou.

A fonte falava durante uma reunião com o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, que visitou hoje o posto administrativo de Namialo, onde se concentra o maior número de deslocados em Nampula, província vizinha de Cabo Delgado.

Segundo as autoridades, o pico de entrada dos deslocados registou-se em abril, tendo-se iniciado em finais de março, período em que foram registados vários ataques a sedes de distritos importantes do norte da província de Cabo Delgado.

A província, onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, está sob ataque desde outubro de 2017 por insurgentes, classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma ameaça terrorista.

Em dois anos e meio de conflito naquela província do Norte de Moçambique, estima-se que já tenham morrido, pelo menos, 600 pessoas e que cerca de 200 mil já tenham sido afetadas, sendo obrigadas a procurar refúgio em lugares mais seguros.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou hoje o desmantelamento de uma "base de fornecimento logístico" dos grupos armados em Cabo Delgado.

Durante a operação, as Forças de Defesa e Segurança neutralizaram um número não divulgado de insurgentes e apreenderam vários bens usados durante as suas incursões, disse à Lusa fonte da corporação, sem avançar mais detalhes.

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