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Governo israelita diz que continuará operações até Irão deixar Síria

Israel vai continuar as operações militares na Síria até o Irão abandonar o país, disse hoje o ministro da Defesa israelita, Naftali Bennett, depois de vários ataques alegadamente perpetrados pelas Forças Armadas deste país em território sírio.

Governo israelita diz que continuará operações até Irão deixar Síria
Notícias ao Minuto

21:30 - 05/05/20 por Lusa

Mundo Síria

"O Irão não tem nada que estar na Síria [...] e não vamos parar até que eles [os militares iranianos] deixem a Síria", sublinhou o responsável pela pasta da Defesa israelita, durante uma entrevista no canal televisivo Kan11, citado pela agência France-Presse.

Contudo, o governante não reivindicou os recentes ataques aéreos cuja responsabilidade foi atribuída a Telavive por vários órgãos de comunicação social sírios e organizações não-governamentais (ONG).

Na segunda-feira, 14 combatentes iranianos e iraquianos morreram na sequência de vários ataques na Síria, durante a noite.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) referiu que os ataques teriam sido cometidos por Israel, país vizinho da Síria.

De acordo com o OSDH, os ataques aconteceram "durante a noite por aviões" provenientes do Estado hebreu, no deserto na região de Al-Mayadine e nas localidades de Al-Salihiyya e Al-Kawriyya.

Pouco antes da meia-noite, os sistemas antiaéreos sírios intercetaram vários mísseis israelitas que visavam um centro de investigação no norte do país, dá conta a agência noticiosa estatal síria (SANA, na sigla inglesa).

Várias organizações não-governamentais e os órgãos de comunicação estatais sírios deram conta de pelo menos seis ataques atribuídos a Israel, desde 21 de abril, contra militares iranianos e grupos próximos a Teerão - como é o caso do Hezbollah, da Líbia -, em território sírio.

O Irão e o Hezbollah estão a ajudar o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra travada com os rebeldes e as milícias 'jihadistas'.

Durante a entrevista, ministro da Defesa de Israel considerou que Teerão está a auxiliar o regime sírio com o intuito de "se estabelecer" perto da fronteira israelita e "ameaçar cidades" como, por exemplo, Jerusalém, Telavive e Haifa.

"O Irão tornou-se um fardo. Antes era um trunfo para os sírios, ajudaram Bashar al-Assad contra o Daesh [acrónimo em árabe para o grupo 'jihadista' Estado Islâmico do Iraque e Levante], mas tornaram-se um fardo", insistiu o governante.

Por isso, Naftali Bennett pediu ao Irão para se concentrar na resolução da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus.

Desde o início em 2011 do conflito na vizinha Síria, Israel realizou centenas de ataques aéreos no país contra as forças de Damasco, mas também contra as de alguns dos seus aliados, nomeadamente o Irão e o movimento xiita libanês Hezbollah, inimigos do Estado hebreu.

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