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Tribunal de Israel ordena suspensão de vigilância por telefone

O Supremo Tribunal de Israel ordenou hoje que a agência de segurança Shin Bet interrompa o uso da tecnologia de vigilância por telemóvel aos casos do novo coronavírus, a menos que o parlamento legisle sobre a matéria.

Tribunal de Israel ordena suspensão de vigilância por telefone
Notícias ao Minuto

23:59 - 26/04/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

Segundo o tribunal, o parlamento deve iniciar o processo legislativo até quinta-feira.

A decisão do Supremo foi conhecida horas depois de o ministro da Saúde de Israel, Yaakov Litzman, ter anunciado que vai deixar o cargo, na sequência de uma controvérsia sobre a forma como lidou com a crise de covid-19 e a sua própria infeção pelo novo coronavírus.

No mês passado, Israel anunciou que estava a usar a tecnologia de vigilância por telefone da agência de segurança Shin Bet para identificar as pessoas expostas ao novo coronavírus, refazendo os movimentos daqueles que já estavam infetados.

As pessoas que estiveram em contacto próximo com os infetados foram então obrigadas a ficar de quarentena em casa.

Embora as autoridades tenham defendido a prática como uma medida para salvar vidas, grupos de direitos civis consideraram-na um ataque à privacidade.

O gabinete do ministro israelita da Energia, Yuval Steinitz, considerou a decisão do tribunal "preocupante" e acusou o tribunal de ter uma "intervenção excessiva e desnecessária".

Yaakov Litzman informou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que se afastava, enquanto o país forma novo governo, sem mencionar a sua muito criticada atuação enquanto ministro da Saúde, pasta que liderou na última década.

Em comunicado, afirmou que decidiu não integrar o Ministério da Saúde pela quarta vez, preferindo liderar um projeto mais abrangente para resolver a crise de habitação em Israel no Ministério da Habitação.

O Governo tem sido elogiado por manter a crise de coronavírus sob controlo.

Mais de 15.000 israelitas foram infetados e morreram cerca de 200 pessoas, mas Israel não tem visto o seu sistema de saúde sobrecarregado como outros locais duramente atingidos, como Itália ou Nova Iorque.

Litzman, um ultraortodoxo sem formação médica, tem estado debaixo de críticas por surgir mal preparado em conferências de imprensa e resistir a propostas para apertar as medidas de confinamento que iriam afetar a comunidade religiosa do país.

No início do mês, Litzman foi diagnosticado com covid-19, aparentemente depois de ignorar as ordens do seu próprio ministério para evitar orações de grupo em locais públicos. Entretanto, recuperou.

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