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Polícia sul-africana retira centenas de refugiados de igreja

A polícia sul-africana retirou hoje centenas de refugiados que ocupavam desde a onda de violência xenófoba no país, em setembro do ano passado, uma igreja no sudoeste da Cidade do Cabo, reivindicando ajuda da ONU.

Polícia sul-africana retira centenas de refugiados de igreja
Notícias ao Minuto

20:11 - 02/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Estes migrantes, oriundos de outros países africanos, ocupavam há meses aquela igreja, com o objetivo de conseguirem obter ajuda do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para serem transferidos para outro país, segundo a agência de notícias francesa AFP.

Desde a onda de violência xenófoba que afetou a África do Sul, em setembro, e provocou pelo menos 12 mortos e grandes danos materiais, estes migrantes diziam que não se sentiam seguros naquele país.

Após terem sido expulsos em outubro de 2019 da entrada dos escritórios do ACNUR na Cidade do Cabo, onde se concentraram durante vários dias, refugiaram-se numa igreja metodista e numa praça na zona turística popular da Cidade do Cabo.

No início de março deste ano, os migrantes acampados na praça foram retirados, mas os que se encontravam na igreja continuaram até hoje naquele local.

Centenas de polícias, com o rosto protegido com máscaras, entraram no edifício da igreja depois de terem arrombado as portas de madeira, relata a AFP.

"Expulsar-nos não é seguro por causa do vírus", disse a refugiada congolesa Aline Bukuru, referindo-se à pandemia originada pela covid-19.

"A África do Sul será punida por isso", reagiu outro dos refugiados.

As pessoas foram levadas para um local fora da cidade onde são acolhidos os sem-abrigo durante a pandemia.

Os refugiados, que viviam em condições sanitárias deploráveis na igreja, manifestaram preocupação quanto à escolha do local para onde iriam ser transferidos temporariamente.

"Quando se fica com os sem-abrigo, não se está a salvo. Estão expostos às drogas e a muitos perigos", disse Aline Bukuru.

A África do Sul é o país da África Subsaariana mais afetado pela covid-19, com mais de 1.300 casos confirmados, incluindo cinco mortes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O número de mortes em África subiu para pelo menos 240 num universo de mais de 6.400 casos confirmados em 49 países, de acordo com as estatísticas sobre a doença naquele continente.

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