Filhos do ex-presidente Mubarak absolvidos de manipulação da bolsa
Um tribunal do Egito absolveu hoje os dois filhos de Hosni Moubarak, afastado na revolta de 2011, que estavam acusados de "manipulação do mercado bolsista", em mais um de uma série de processos contra a família do ex-presidente.
© Reuters
Mundo Egito
Gamal e Alaa Moubarak, e outras sete pessoas, eram acusados de concertar a aquisição da maioria das ações de um banco egípcio através de empresas-fachada, sem o declarar em bolsa, como a lei obriga.
Segundo a Procuradoria, os acusados sabiam que o banco ia ser alvo de uma oferta de compra de um investidor árabe que faria subir acentuadamente o preço das ações.
Outros seis arguidos foram igualmente absolvidos e um sétimo morreu antes da decisão judicial.
O julgamento de Alaa e Gamal é o mais recente de uma série de processos judiciais contra Hosni Moubarak, que esteve 30 anos no poder, e a família.
Moubarak e os filhos foram detidos dois meses depois da revolta que o afastou do poder, no âmbito da chamada Primavera Árabe.
Depois de um longo julgamento, Moubarak foi absolvido de ordenar a morte de manifestantes.
O ex-presidente e os dois filhos foram em contrapartida condenados a três anos de prisão por desvio de fundos destinados à reabilitação e manutenção dos palácios presidenciais, dinheiro que utilizaram para beneficiação das respetivas residências privadas.
Os filhos foram libertados em 2015 e o pai em 2017, depois de cumprirem as penas e de restituírem ao Estado o montante desviado.
Os filhos voltaram a ser detidos em 2018, pela acusação de manipulação do mercado bolsista, mas foram libertados depois de pagarem, cada um, uma fiança de 100.000 libras egípcias (cerca de 5.900 euros).
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