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Plano de Trump é "grande violação dos direitos dos palestinianos"

A Liga Árabe criticou hoje fortemente o plano norte-americano para acabar com o longo conflito israelo-palestiniano, denunciando "uma grande violação dos direitos legítimos dos palestinianos".

Plano de Trump é "grande violação dos direitos dos palestinianos"
Notícias ao Minuto

12:36 - 29/01/20 por Lusa

Mundo Trump

Anunciado na terça-feira em Washington pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, na presença do primeiro-ministro israelita em funções, Benjamin Netanyahu, o plano prevê várias concessões para Israel e foi rejeitado com veemência pelos palestinianos.

"Analisamos minuciosamente a perspetiva norte-americana e estamos abertos a todos os esforços sérios a favor da paz", reagiu hoje o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit.

Num comunicado, Gheit considera, no entanto, que "uma primeira leitura do plano mostra uma importante violação dos direitos legítimos dos palestinianos".

Uma paz justa e duradoura não pode ser conseguida "ignorando ou legitimando a ocupação israelita desde 1967", sublinha.

O plano "reflete uma posição norte-americana não vinculativa", disse ainda, considerando que apenas a sua conformidade com a lei internacional "permitiria avaliar a sua pertinência".

Entre os numerosos pontos sensíveis do plano norte-americano está a anexação por Israel dos colonatos que criou na Cisjordânia ocupada desde 1967, em particular no vale do Jordão, que deve tornar-se a fronteira oriental de Israel.

O plano da administração Trump descreve Jerusalém como "a capital indivisível de Israel" e propõe a criação de uma capital de um futuro Estado palestiniano nos subúrbios de Jerusalém Oriental -- o setor palestiniano da cidade ocupado em 1967 e depois anexado pelo Estado hebreu, o que não é reconhecido pela comunidade internacional.

O projeto de paz norte-americano foi recebido favoravelmente pelos israelitas e com hostilidade pelos palestinianos.

A Liga Árabe tem marcada para sábado uma reunião extraordinária, na qual participa o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmmud Abbas, para discutir o plano norte-americano.

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